REPRESA CHEIA

Chuvas em Jundiaí afastam preocupação com captação de água

Por Redação |
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação / DAE Jundiaí
A represa principal da DAE é responsável pelo abastecimento da maior parte do município
A represa principal da DAE é responsável pelo abastecimento da maior parte do município

Se por um lado as constantes chuvas em Jundiaí levam preocupação a diversas localidades por conta dos alagamentos e deslizamentos, por outro, o abastecimento de água, que esteve ameaçado no ano passado durante a estiagem, no momento, está livre de preocupação. De acordo com a DAE Jundiaí, nesta segunda-feira (6), a represa está cheia, com mais de 9 bilhões de litros de água.

A capacidade total da represa principal da DAE Jundiaí é de 9,3 bilhões de litros e o acumulado é resultado da captação do Rio Jundiaí-Mirim. Durante estiagens, no entanto, Jundiaí também é abastecida pelo Rio Atibaia. Com a chegada das chuvas, já no início de dezembro, como houve reposição do nível, a captação do Rio Atibaia foi interrompida.

Uso da água

Em Jundiaí, segundo dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o principal uso da água é o abastecimento urbano, responsável por 56,% do consumo no município, o que destoa do índice nacional, em que a irrigação representa cerca de metade da água doce consumida no país. Em Jundiaí, a irrigação é 12,3% do consumo, atrás do abastecimento urbano, já citado, e do uso da indústria (27,8%). O abastecimento rural representa 1,8% do consumo da cidade, usos com mineração são 0,8% e o uso animal é de 0,6%.

Do fim da década de 1960 até o início da década de 1990, o maior consumo de água em Jundiaí era da indústria. Até o fim da década de 1990, isso mudou e a irrigação ganhou mais espaço no consumo da água da cidade. Desde o início dos anos 2000, porém, o consumo do abastecimento urbano é o mais alto em Jundiaí. Por isso, além da contribuição da população durante épocas de estiagem, com redução do consumo, o desafio do abastecimento na cidade é que não falte água nas torneiras das residências.

Reservação

No ano passado, Jundiaí passou por uma longa estiagem, que se estendeu por meses. Durante o período, a represa esteve com apenas cerca de 60% da capacidade, mesmo usando as captações dos rios Jundiaí-Mirim e Atibaia. Com a represa cheia novamente, o desafio é fazer com que a água que sobra agora não falte durante a época de seca.

Neste ano, a DAE ampliou a reservação de água tratada em 4 milhões de litros na cidade e há um projeto, desde 2023, para ampliação da represa em 25%, além da construção de novas represas menores em bairros de Jundiaí. Essas obras, porém, ainda não têm data à vista.

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