EPIDEMIA

Sem precedentes: Jundiaí fechou 2024 com 22.733 casos de dengue

Por Redação |
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Divulgação
Combater o mosquito da dengue previne a doença; atenção deve ser redobrada durante o verão
Combater o mosquito da dengue previne a doença; atenção deve ser redobrada durante o verão

O primeiro caso de dengue no Brasil foi registrado oficialmente no início da década de 1980. De lá para cá, nenhum ano teve uma epidemia tão grande da doença quanto 2024. Em Jundiaí, a quantidade de casos de dengue no ano passado foi sem precedentes. Ao todo, foram registrados 22.733 casos da doença no município em 2024, um registro a cada 19 habitantes. Também aconeteceram 16 mortes em decorrência do vírus na cidade.

Para se ter ideia, nos últimos 10 anos, Jundiaí tinha tido mais casos de dengue em 2015, quando foram registrados 6.208 diagnósticos. Depois disso, em 2019, quando foram 3.277 casos da doença. E no ano passado, além da dengue, também ocorreram em Jundiaí seis casos de chikungunya, doença que também é transmitida pelo Aedes aegypti (arbovirose), mas todos em pessoas que contraíram o vírus em outro local. Ao contrário da dengue, que em sua maioria teve contaminação em Jundiaí.

O bairro com mais registros de casos foi o Jardim Tamoio (1.498), seguido pelo Santa Getrudes (1.357), Jardim do Lago (1.162), Ivoturucaia (1.024), Vila Rami (792), Agapeama (783), Tulipas (593), Vila Hortolândia (532), Vila Ruy Barbosa (515) e Colônia (482).

Em todo o Brasil, 2024 teve 6,6 milhões de casos e 6.016 mortes. Esses óbitos superam os registrados pela doença nos oito anos anteriores somados. Só no estado de São Paulo, a dengue superou os 2 milhões de casos confirmados e matou quase 2 mil pessoas.

Alerta

No ano passado, o pico da dengue em Jundiaí aconteceu entre abril e maio, mas, com a chegada do verão e o aumento do calor e de chuvas, a proliferação do mosquito Aedes aegypti costuma aumentar, o que também eleva o risco de casos da doença. Sobretudo nesta época do ano é importante que a população esteja atenta aos cuidados relacionados ao combate à dengue.

De acordo com o Ministério da Saúde, para controlar o surgimento do mosquito da dengue, é preciso:

  • Certificar que caixa d’água e outros reservatórios de água estejam devidamente tampados.
  • Retirar folhas ou outro tipo de sujeira que pode gerar acúmulo de água nas calhas.
  • Guardar pneus em locais cobertos.
  • Guardar garrafas com a boca virada para baixo.
  • Realizar limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos de água.
  • Limpar e retirar acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras.
  • Lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova/bucha.
  • Jogar as larvas na terra ou no chão seco.
  • Para grandes depósitos de água e outros reservatórios de água para consumo humano, é necessária a presença de agente de saúde para aplicação do larvicida.
  • Utilizar areia nos pratos de vasos de plantas ou realizar limpeza semanal.
  • Retirar água e fazer limpeza periódica em plantas e árvores que podem acumular água, como bambu e bromélias.
  • Guardar baldes com a boca virada para baixo.
  • Esticar lonas usadas para cobrir objetos, como pneus e entulhos.
  • Manter limpas as piscinas.
  • Guardar ou jogar no lixo os objetos que pode acumular água: tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos
  • Em recipientes com larvas onde não é possível eliminar ou dar a destinação adequada, colocar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina) e inspecionar semanalmente o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. Importante solicitar a presença de agente de saúde para realizar o tratamento com larvicida.

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