Um acidente aéreo no Aeroporto de Muan, no sul da Coreia do Sul, matou 177 pessoas na manhã deste domingo (29), no horário local, 21h da noite de sábado (28). Um Boeing 737-800 da Jeju Air, de Bangkok, saiu da pista após o pouso e colidiu com uma barreira de concreto, causando uma explosão. A aeronave transportava 181 pessoas, sendo 175 passageiros e seis tripulantes. Apenas dois tripulantes sobreviveram, resgatados pela cauda em chamas.
As autoridades investigam uma falha no trem de pouso, possivelmente causada por colisão com aves, como a principal hipótese para o acidente. A torre de controle havia alertado os pilotos sobre a presença de aves na área, e um passageiro chegou a relatar, por mensagem, que havia um pássaro preso na asa do avião. Antes do impacto, o piloto realizou uma tentativa de pouso frustrada e precisou arremeter.
Testemunhas relataram que a aeronave estava em alta velocidade na reta final da pista e que o motor pegou fogo antes da colisão. Imagens exibidas por emissoras locais mostram o avião deslizando sem o trem de pouso, um procedimento de emergência incomum que, neste caso, resultou na tragédia.
Este é o pior acidente aéreo registrado em solo sul-coreano e supera a tragédia de 2002, quando um Boeing 767-200 da Air China caiu em Busan, matando 129 pessoas. A tragédia também é a mais grave envolvendo uma companhia aérea sul-coreana desde 1997, quando um avião da Korean Air Lines caiu em Guam, deixando mais de 200 mortos.
O presidente interino da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, declarou luto nacional até 4 de janeiro. Mais de 80 bombeiros participaram do resgate, que mobilizou caminhões de incêndio, helicópteros e ambulâncias. Todos os voos no terminal de Muan foram cancelados.
A Jeju Air pediu desculpas e prometeu colaborar com as investigações. As identidades das vítimas, incluindo 173 sul-coreanos e dois tailandeses, ainda não foram divulgadas.
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