EM BAURU

‘Nuvens’ de baratas invadem casas próximas a um cemitério

Por Guilherme Matos | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Aceituno Jr./JC Imagens
Cemitério do Redentor: moradores da região estão em polvoroza com a infestação
Cemitério do Redentor: moradores da região estão em polvoroza com a infestação

Moradores da avenida Engenheiro Hélio Police, no Jardim Redentor, em Bauru, enfrentam uma infestação de baratas vindas do cemitério do bairro que provocam "nuvens" de insetos. A situação ocorre há anos, mas, segundo eles, se agravou nos últimos meses.

"Escureceu, se tranque em sua casa e fique. Não dá para sair nem na área e tanta barata que tem". É assim que Horaisa Liliana dos Santos, 67 anos, descreve a gravidade da situação. Ela mora no local há 50 anos e diz nunca ter visto uma infestação tão grave. A mulher, inclusive, instalou telas nas portas e janelas da residência e, mesmo assim, continua tendo sua casa invadida pelos vetores de doenças.

Para ela, o calor intenso na cidade ajudou na proliferação e "agitação" das baratas. O temor, porém, é a chegada de escorpiões — aracnídeos predadores das baratas e que são atraídos para os locais em que há maior disponibilidade de alimento.

Além disso, de acordo com o biólogo da Unesp Roberto Marono, o calor acelera o metabolismo dos escorpiões que se tornam mais ativos. As altas temperaturas, aliadas a umidade, formam o ambiente perfeito para a reprodução.

Outro problema são as chuvas. A água, além de umedecer o ambiente, obriga os aracnídeos a mudarem de ambiente, o que faz com que eles busquem refúgios nas casas.

Uma outra moradora, Andreia Regina Delarmelindo, 51 anos, também está incomodada com a situação.

Ela tem um bar na mesma rua e afirma que, quando chega a noite, seus clientes deixam o local com medo e nojo das baratas. Isso prejudica suas vendas, além de afastar os frequentadores.

A situação, descrita por elas como "insustentável", se agravou por conta da falta de dedetização do Cemitério Municipal Jardim Redentor. Elas alegam que a Emdurb apenas instala a placa, mas não aplica os venenos.

De acordo com a empresa pública, porém, todos os cinco cemitérios municipais foram devidamente dedetizados entre os dias 12 e 13 de novembro.

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