Dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) São Paulo mostram que o número de negócios voltados à produção de marmitas na região de Franca aumentou de 344 em 2018 para 1.090 em 2023, o que representa um crescimento de 216% no setor em apenas cinco anos.
Esse crescimento também é esperado para 2024, quando os dados forem fechados. Isso porque o levantamento mais recente da instituição indica que, até março, 1.106 empreendimentos desse ramo estavam em operação na região.
Dos 1.106 comércios de marmitas registrados na região até março, 937 são MEIs (Microempreendedores Individuais), sendo 566 localizados em Franca.
Cidades da região
O resultado positivo é impulsionado por Franca. O município de 352 mil habitantes registrou crescimento de 181 para 649 empreendimentos de marmitas. Em segundo lugar está Batatais, que saltou de 37 para 97 em cinco anos. A lista segue com São Joaquim da Barra, que passou de 38 para 95 negócios, e Ituverava, que avançou de 13 para 47.
“O ramo de alimentação é um dos mais comuns quando a pessoa vai começar um negócio nesse cenário, pois a maioria sabe cozinhar alguma coisa. Logo, fazer comida para fora, como popularmente dizemos, se torna um dos negócios mais frequentes, e isso pode ajudar a explicar o aumento do número de estabelecimentos que fornecem marmita”, disse o consultor de negócios do Sebrae-SP, Flávio Silva.
Silva recorda que o hábito de pedir comida por delivery aumentou durante a pandemia da covid-19, o que contribuiu para a expansão do setor. “O empreendedorismo por necessidade cresce em situações de dificuldade econômica, como foram os anos em que vivemos a pandemia. Muitos se veem estimulados a empreender para garantir o sustento”.
“Esse tipo de alimentação tem por característica ter um excelente custo-benefício. Isso atrai consumidores que precisam trabalhar fora ou não têm tempo para cozinhar em casa e podem se alimentar, de forma prática e com preços acessíveis”, completou o consultor.
Estado de São Paulo
O Sebrae-SP também realizou uma pesquisa com 400 pessoas por e-mail para identificar as preferências do público do estado ao pedir marmitas. Os pratos tradicionais se destacaram, sendo escolhidos por 73% dos participantes. Os alimentos saudáveis aparecem na segunda colocação, com 61% das citações.
Quanto aos meios utilizados para pedir marmitas, 82% dos entrevistados afirmaram usar aplicativos, enquanto 28% recorrem a sites especializados - o mesmo entrevistado pode utilizar mais de um meio.
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Comentários
1 Comentários
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Dirceu 9 horas atrásMuita gente desistiu de trabalhar em fábricas que pagam salários mirrados e estão tentando a vida de forma diferente... Parabéns a esses empreendedores e sucesso pra eles.