O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,39% em novembro. Apesar do novo aumento, o número ainda representa uma desaceleração em comparação ao observado em outubro, quando o índice subiu 0,56%. O resultado ainda veio acima do esperado pelo mercado financeiro, que projetava uma alta de 0,34% do indicador para o mês. O resultado foi influenciado pelas altas no grupo de Alimentação e bebidas (1,55%), após aumento nos preços das carnes (8,02%), no grupo de Transportes (0,89%), que foi impulsionado pela alta nos preços das passagens aéreas (22,65%), e no grupo de Despesas pessoas (1,43%), diante do avanço visto no cigarro (14,91%). Em 12 meses acumula alta de 4,87%, portanto, acima do limite máximo de 4,5%.
E aí os juros subiram, novamente
Na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano. Com o aumento de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, o Banco Central passa a adotar uma dose mais forte para combater a inflação. A decisão representa a maior alta dos juros básicos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a maior escalada desde fevereiro de 2022, quando foi de 1,5 ponto percentual. Todos os nove diretores do BC votaram para aumentar a Selic em um ponto percentual.
A nota do Copom
"O ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo segue exigindo cautela por parte de países emergentes. Em outro trecho do comunicado: "Em função da materialização de riscos, o Comitê avalia que o cenário se mostra menos incerto e mais adverso do que na reunião anterior. Persiste, no entanto, uma assimetria altista no balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação." E ainda: "O Comitê tem acompanhado com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio. Avaliou-se que tais impactos contribuem para uma dinâmica inflacionária mais adversa."
Em outras palavras...
Na ótica de descomplicar a economia, o que o Banco Central quis dizer é que a inflação desgarrou e o ambiente econômico não é benigno. Em resumo: novas altas não estão descartadas e podem ocorrer mais altas nesta magnitude em 2025, com isso a Selic atingiria 14,25% ao ano.
Selic em alta, empréstimos em alta
Com a alta da Selic os empréstimos e financiamentos tendem a ficar mais caros. Isso acontece porque a Selic serve como referência para outras taxas de juros no mercado. Quando a Selic sobe, os bancos e instituições financeiras aumentam as taxas de juros cobradas nos empréstimos e financiamentos para compensar o custo maior do dinheiro.
Selic em alta, renda fixa em alta
Investimentos em renda fixa mais atrativos: com a Selic alta, investimentos como CDBs e LCIs se tornam mais atrativos, pois oferecem retornos melhores, incluindo aí o Tesouro Direto.
Selic em alta, crescimento em baixa
Com Selic mais alta há menor consumo. Com o crédito mais caro, as pessoas tendem a reduzir o consumo, o que pode desacelerar a economia. Empresas que dependem de crédito para operar ou expandir seus negócios enfrentam custos mais altos, o que pode reduzir investimentos e contratações.
Mude já, mude para melhor!
Que o fim deste ano seja apenas o começo de um novo capítulo repleto de conquistas, aprendizados e momentos inesquecíveis. Acredite no seu potencial e siga em frente com determinação e esperança. Mude já, mude para melhor!
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