OPINIÃO

Que cidadãos estamos deixando para o mundo?


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Querido leitor, nos últimos dias a internet se agitou com um vídeo de uma moça que não cedeu o seu assento para uma criança, gerando revolta da mãe e dividindo opiniões. Isso me levou a abordar esta questão na coluna de hoje.

Bem, em uma visão geral, vemos uma passageira sentada no seu assento desejado para aproveitar a sua viagem, temos uma criança que quer ter o seu desejo atendido e o faz através do choro, temos uma mãe que passa por cima da ética, do respeito coletivo, da ordem, dos direitos, em benefício do filho.

Perante o ocorrido, eu penso: que tipo de cidadãos estamos deixando para este mundo? Sim, se uma mãe é capaz de protagonizar um momento tão patético em prol de uma criança que chora, desejando algo que não lhe pertence, que tipo de educação esta criança está recebendo em casa?

Respeito é a regra de ouro da boa educação e isso deve ser ensinado desde a tenra infância. A partir do momento em que esta mãe se revoltou contra a passageira por um motivo injustificável, deixou claro que a mesma faz parte de um grupo no qual não está criando um filho, mas um reizinho.

Como mãe e professora, entendo perfeitamente que a criança é um pequeno ser humano dotada de emoções, personalidade, desejos e necessidades que precisam ser atendidas, porém é preciso que se compreenda que há uma certa diferença entre necessidade e capricho.

Uma criança que tem todas as suas necessidades supridas, se torna uma criança saudável física e emocionalmente; em contrapartida, uma criança que tem todos os seus caprichos atendidos, se torna uma criança egoísta, prepotente e imatura, tornando-se um adulto que pensa ser e estar acima do outro.

Caro leitor, quando se trata de filhos, devemos pensar em que mundo estamos deixando para os nossos e, ainda mais importante a se ponderar: que filhos estamos deixando para o mundo?

Micéia Lima Izidoro é professora (miceialimaizidoro@gmail.com)

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