ROMBO FINANCEIRO

Sem a morte de Claudia, fraude na Apae continuaria, diz polícia

Por Bruno Freitas | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Bruno Freitas
Delegado Glaucio Stocco, titular do Seccold
Delegado Glaucio Stocco, titular do Seccold

Não fosse o desaparecimento da secretária-executiva da Apae Claudia Lobo, assassinada pelo presidente da entidade Roberto Franceschetti conforme inquérito da Polícia Civil, as fraudes contábeis e financeiras na entidade se perpetuariam, na avaliação do delegado Glaucio Stocco, titular do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold).

“Se não há denúncia, dificilmente a polícia (Civil) toma ciência desse tipo de irregularidade. Essas queixas devem ser feitas por meio de boletim de ocorrência ou por telefone do disque denúncia (181)”, destacou Stocco nesta quinta-feira (5), em entrevista ao programa Cidade 360º, uma parceria do JC/JCNET e rádio 96FM. Na oportunidade, ele comentava também sobre o grande número de envolvidos no esquema.

Ainda segundo o delegado, as investigações do Seccold começaram a partir da análise de planilhas do computador de Claudia Lobo. “Muitas pastas foram colocadas na lixeira e, depois, excluídas de lá dois dias depois do desaparecimento dela (6 de agosto). Mas conseguimos recuperar esses arquivos”, frisou o delegado.

Conforme o JCNET divulgou, com base nas informações divulgadas pela Polícia Civil em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (4), ex-presidente da Apae Roberto Franceschetti Filho desviou cerca de R$ 5,8 milhões da entidade, em cinco anos. Já a secretária-executiva teria retirado R$ 1,8 milhão dos cofres da associação, no mesmo período.

NOTA DA APAE

Por meio de nota, a Apae Bauru informa nesta terça-feira (3) que recebeu, por meio da imprensa, as atualizações a respeito dos mandados de prisão e de busca e apreensão realizados pela operação da Polícia Civil.

A entidade também comunica que a perícia contábil e financeira segue em andamento e, assim como as investigações, seguem em segredo de justiça. O trabalho contempla o período referente à gestão do Roberto Franceschetti Filho, que compreende os anos de 2022 a 2024.

Por fim, a instituição destaca que colabora e confia no trabalho da Polícia Civil e aguarda para em breve poder colaborar com maiores informações, e também agradece todo o esforço da imprensa em colaborar e preservar a imagem da APAE Bauru.

DISQUE DENÚNCIA

Também chamada de Web Denúncia, o contato é uma parceria entre a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo com o Instituto São Paulo Contra a Violência (ISPCV) que possibilita fazer denúncias anônimas pela Internet, em complementação ao Disque Denúncia 181.

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