Durante um evento beneficente realizado no Rancho Paracatu, no Distrito Industrial de Franca, em comemoração ao aniversário da cidade, um problema ambiental chamou a atenção na madrugada de sexta-feira, 29.

Por volta de 1h30, enquanto finalizava as atividades, um dos organizadores notou uma quantidade anormal de espuma na superfície da represa local. Ao amanhecer, ele retornou ao local e encontrou diversos peixes mortos. Investigando a origem do problema, seguiu o curso d’água até identificar uma galeria de esgoto, na avenida Professor Lário Jovanella. Ele disse acreditar que a espuma e os resíduos possivelmente têm origem industrial.

Desde então, a represa permanece com os peixes mortos, causando mau cheiro e impedindo o funcionamento normal do estabelecimento.

Segundo o proprietário do Rancho Paracatu, Flávio Cândido Siqueira, ele tentou acionar a Polícia Militar Ambiental e a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para avaliar a situação ou orientar sobre os procedimentos corretos para descarte dos animais e limpeza da represa, mas as duas instituições teriam dito que só seria possível enviar equipes na segunda-feira, dia 2.

Siqueira também foi até a CPJ (Central de Polícia Judiciária), e registrou um boletim de ocorrência, esperando que o causador do fato seja identificado e responsabilizado. Ele disse que, segunda-feira, vai novamente procurar autoridades competentes para buscar orientações.

Enquanto isso, o problema afeta diretamente as atividades no Rancho Paracatu, gerando preocupações inclusive com possíveis sanções ambientais. “Ver esses peixes agonizando e você não pode fazer nada para salvar foi, e está sendo, muito triste. Meus filhos viram todo esse cenário, ficará marcado para eles”, disse Siqueira, demonstrando estar abalado pelo que aconteceu.