A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira (21) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-membros de sua gestão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
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O indiciamento faz parte do inquérito que apura ações para tentar impedir a transição de governo após a derrota de Bolsonaro para Lula (PT) nas eleições de 2022.
Além de Bolsonaro, foram indiciados pelos três crimes o general da reserva do Exército Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Bolsonaro e candidato a vice na chapa que perdeu a eleição de 2022; o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional); o policial federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Informações); e Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro.
De acordo com o relatório da PF, os investigados agiram organizadamente, com divisão de tarefas, o que permitiu identificar a atuação de seis grupos principais:
- Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral
- Núcleo de Incitação a Militares para Aderirem ao Golpe de Estado
- Núcleo Jurídico
- Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas
- Núcleo de Inteligência Paralela
- Núcleo Operacional para Medidas Coercitivas
Com a entrega do relatório ao STF, a Polícia Federal conclui as investigações sobre as tentativas de golpe de Estado e ações contra o Estado Democrático de Direito. O destino dos indiciados agora depende da avaliação do Ministério Público e do julgamento no Supremo.
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