OPINIÃO

As origens da raça paint horse no Brasil: de patinho feio a cisne

Por Lucas Augusto Machado | Especial para a Sampi
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução

A história da raça Paint Horse no Brasil é uma narrativa fascinante que remete às suas origens e à transformação que essa raça extraordinária vivenciou ao longo dos anos. Criei, há alguns anos, uma frase impactante para descrever essa evolução: "a história do cavalo patinho feio que se transformou em cisne real". Essa expressão, escrita por volta de 1994, destacava a trajetória de uma raça que, embora originária do magnífco Quarto de Milha, enfrentou preconceitos devido às suas pelagens malhadas, sendo muitas vezes menosprezada pelos norte-americanos e brasileiros. (Isso vem dos registros do Puro Sangue Ingles, mas falemos disso em outra Coluna).
Foi em 1962 que a Paint Horse finalmente ganhou reconhecimento oficial com a fundação da American Paint Horse Association (APHA). Esse marco foi crucial para a validação da raça, que possui todas as aptidões do Quarto de Milha, mas se diferencia pela variedade de pelagens aceitas, um aspecto que hoje é criteriosamente regulamentado pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Paint (ABCPaint).
O paint é verdadeiramente único: cada animal é distinto, como observei em meu slogan “ter um paint é como sua impressão digital”. Essa singularidade vai além da aparência; ela é acompanhada de uma qualidade genética que vem se destacando no cenário equino brasileiro. Nas últimas décadas, muitos criadores perceberam que a beleza, por si só, não é suficiente. O foco nos cruzamentos genéticos corretos e específicos para cada modalidade é o que realmente interessa e faz a diferença no desempenho das competições.
Hoje, o mercado de Paint Horse se apresenta como uma excelente oportunidade de investimento. Sendo uma das raças mais novas no Brasil, o Paint Horse abre um vasto campo para aqueles que desejam investir tanto a médio quanto a longo prazo. A crescente popularidade da raça, aliada ao seu potencial genético e habilidades versáteis, torna-a uma opção cada vez mais atraente para apaixonados e investidores.
É inspirador ver como a raça Paint Horse, que encontrou resistência no passado, agora brilha nas pistas e no coração de muitos criadores. A jornada de transformação e reconhecimento é um testemunho da perseverança e dedicação ligados a essa raça incrível, que conquistou seu espaço e continua a encantar a todos com sua beleza e performance.

Lucas Augusto Machado é jornalista formado pela Unesp, empresário, atuando no ramo equestre no Brasil e exterior há aproximadamente 30 anos, com ampla experiência em diversas Raças e modalidades esportivas.

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários