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Avançam as digitalizações de documentos de Jundiaí

Por Redação | Prefeitura de Jundiaí
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação / Prefeitura de Jundiaí
Em fase de teste, alguns dos processos já digitalizados encontram-se disponíveis para consulta no Acervo Digital do Arquivo
Em fase de teste, alguns dos processos já digitalizados encontram-se disponíveis para consulta no Acervo Digital do Arquivo

O projeto de cooperação técnica entre a Unidade de Gestão de Cultura (UGC) – por meio do Arquivo Histórico – e o Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) já contabiliza, em menos de dez dias de trabalho, mais de 160 processos digitalizados. Trata-se de documentos do Tribunal de Justiça do Estado – 1º Ofício da Comarca de Jundiaí e em posse do arquivo universitário. No total, são mais de 2 mil processos para digitalização por equipe jundiaiense, em visitas semanais à universidade.

Entre os processos no acervo, cujo exemplar mais antigo até agora identificado data de 1754, estão documentos sobre roubos na região central de Jundiaí, conflitos por terras, temas do cotidiano, julgamentos por tentativas de assassinatos, além de processos sobre penhoras de pessoas escravizadas e conflitos diretos envolvendo as tropas do governo e pessoas escravizadas.

“Esta documentação é crucial não só para uma visão geral do cotidiano da cidade, como também para a detecção de pontos de resistência de pessoas escravizadas, contra a escravidão. Portanto, são documentos de grande importância para a memória das populações africanas, afrobrasileiras e dos povos originários de Jundiaí e região”, enfatiza Paulo Vicentini, diretor do Departamento de Museus, órgão da UGC ao qual o Arquivo Histórico está vinculado.

Como parte do processo de digitalização e democratização do acervo, o Arquivo Histórico já disponibiliza na seção “Acervo Digital” do site da Cultura cerca de dez processos para consulta, em fase de teste, com sua primeira camada de catalogação básica, em que constam informações gerais do documento, como título, autoria, coleção pertencente, características e condições. A proposta é que com a disponibilização de todos os processos, sejam também incluídos, além da primeira camada, seus resumos paleográficos, após leitura e resumo sobre de que se trata cada um, por equipe do Arquivo.

A identificação da existência dos documentos referentes a Jundiaí no Centro de Memória da Unicamp remonta à década de 1980, resultado das pesquisas da Professora Dr.ª Maria Ângela Borges Salvadori. Na ocasião, foram identificados documentos sobre Jundiaí no Tribunal de Justiça e direcionados à universidade graças à intervenção do historiador José Roberto Lapa.

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