Um encontro de gerações e um misto de identificações e reflexões. Assim está sendo a Exposição ‘Afogada’, da artista visual Emília Santos, que pode ser vista até domingo, dia 24/11, na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí. A mostra está aberta o público de das 10h às 17h, de terça a domingo, e reúne pinturas inspiradas em cenas marinhas. Produção é contemplada pelo edital da Lei Paulo Gustavo (LPG 21/2023), realização da Prefeitura de Jundiaí e do Governo Federal.
Mestre em Multimeios pela UNICAMP e graduada em Licenciatura em Artes Visuais, Pintura, Gravura e Escultura pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Emília Santos apresenta ao público de Jundiaí e Região, desde o dia 28/09/2024, as pinturas que exploram a representação do mar. Por meio de um QR Code, as obras têm recursos de acessibilidade, como a audiodescrição, e podem ser acompanhadas por uma playlist especial.
Entre as ações propostas pelo projeto, estão visitas guiadas e rodas de conversas com a artista para debater sobre os processos criativos. O Cursinho Popular Nise da Silveira, de Campo Limpo Paulista, voltado para todos os tipos de mulheridade, participou no sábado (09/11) do evento especial. "São nesses momentos que tenho oportunidade de pensar a recepção dos trabalhos e ter essa troca com as pessoas", declara Emília Santos. O próximo evento está previsto para o dia 22/11.
A professora de Física do Cursinho, Bárbara Bussi, de 32 anos, se encantou com os efeitos de luz representados nas telas. “Me impressionei com a forma como ela retrata a luz, os raios, essa impressão de movimentos, de tridimensionalidade. Realmente eu fiquei imersa na exposição e admiro a forma como ela toca as pessoas, principalmente daquelas que gostam de água e de mar”, afirma.
Já a Júlia Rodrigues, 16 anos, estudante do cursinho que deseja cursar Biomedicina, apontou que a tela denominada Serpeio lhe passou a sensação de estar nas piscinas naturais, como as de Maceió. “A imagem remete a uma água bem cristalina, com corais no fundo, me passa calma. Também me impressionei com o fato de as pinturas retratarem momentos diferentes do mar, sendo do amanhecer até anoitecer, algo muito especial”.
Identificação
Muitos visitantes comentam sobre a identificação que as telas proporcionam, seja a lembrança de um lugar ou sensações e sentimentos. A psicóloga Adriane Batista Miqueleto já conhecia a obra de Emília, esteve no lançamento de Afogada e agora participou da visitação. “As telas remetem muita paz e o sentimento de imersão, dessa força do mar, da natureza, de como as ondas mexem e remexem o que está imerso. Essa exposição fala diretamente com meu coração”, afirma.
A estudante do sexto ano, Julia Florêncio, de 11 anos, também se conectou com a abordagem das telas. “Eu amo as ondas do mar. Achei a exposição muito bonita com pinturas que usam técnicas bem delicadas”, comentou.
Reflexões nas telas
A exposição ‘Afogada’ aborda, de forma simbólica, angústias geradas pelos acontecimentos das catástrofes climáticas, do desgoverno sobre políticas ambientais, a fim de refletir sobre as bruscas mudanças na paisagem provocadas pelo desequilíbrio ambiental, catástrofes climáticas, deslizamentos, enchentes e alagamentos, que transformam o cotidiano do olhar, construindo uma imagem modificada da paisagem presente.
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.