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Remoção da ‘papada’: quais métodos, dos mais aos menos invasivos

Por FolhaPress |
| Tempo de leitura: 5 min
Entenda quais os procedimentos existentes, dos mais aos menos invasivos, para resolver essa questão estética que incomoda tanta gente
Entenda quais os procedimentos existentes, dos mais aos menos invasivos, para resolver essa questão estética que incomoda tanta gente

A gordura submentoniana, conhecida popularmente como "papada", é um incômodo para muita gente que passa por grande perda de peso ou possui uma estrutura favorável ao acúmulo de gordura e flacidez na região. A boa notícia é que ela pode ter jeito e nem sempre é preciso apelar para cirurgia.

Além da lipoaspiração, procedimento invasivo que só deve ser feito por médico especializado, existem hoje no mercado diversos aparelhos e tecnologias estéticas com efeito positivo no tal "queixo duplo". A escolha da melhor opção, entretanto, não deve ser aleatória.

O primeiro passo é avaliar qual o tipo de problema predominante, se a flacidez da pele ou excesso de gordura, e estabelecer um protocolo por etapas, que pode incluir ou não cirurgias, dependendo do objetivo.

Segundo a médica Elisete Crocco, coordenadora do departamento de cosmiatria da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), entre os procedimentos não invasivos há tratamentos com eficácia comprovada, como ultrassons ou a radiofrequência microagulhada robótica, que faz pequenos pontos de cauterização interna para retração do tecido.

"Redução de volume de gordura no queixo [submentoniana] pode ser feita, [por exemplo] com ultrassom microfocado, com melhora do contorno da mandíbula e do queixo com preenchimento, bioestimuladores, todos com comprovação e apoiados pela SBD como procedimentos não cirúrgicos", afirma Crocco.

A coordenadora reforça, contudo, que é preciso uma boa indicação, algo avaliado por um profissional especializado e que faça sentido para justificar a intervenção. "Uma pessoa não deve contar só com isso, existe todo um processo de emagrecimento para depois fazer o refinamento com esses aparelhos", diz.

Procedimentos cirúrgicos e invasivos

Lipoaspiração

Cirurgia que elimina o excesso de tecido adiposo localizado. É feita com anestesia e auxílio de cânulas que sugam a gordura (há diversas técnicas), levando de uma a quatros horas, dependendo da região.

Lifting ou mini lifiting

Procedimentos cirúrgicos que visam reduzir sinais de envelhecimento e excesso de pele no rosto ou pescoço. A diferença entre os dois é que o mini lifting é menos invasivo, pois é feito em uma área menor (no caso da papada, entre o queixo e o pescoço).

Custos

O custo das intervenções para papada variam, mas opções cirúrgicas mais complexas, como lipoaspiração com mini lifting, podem chegar a R$ 60 mil. O procedimento leva de 4 a 5 horas em média e necessita ser feito em ambiente hospitalar. Também tem maior durabilidade. Já a possibilidade de ser refeita envolve outras questões, como o reganho de peso.

Procedimentos estéticos e não invasivos

Lipo Enzimática

Técnica minimamente invasiva com injeção de enzimas que estimulam a quebra das moléculas de gordura na região. É acompanhada de modelação por massoterapia.

Ultrassom

Aplicado com aparelho de ondas sonoras e não tem cortes. Se for macrofocado, vai atingir e quebrar camadas profundas de gordura. No caso do microfocado, o objetivo é a parte superficial e a retração da pele flácida.

Radiofrequência microagulhada robótica

Aparelho de alta precisão que, por meio da injeção simultânea de microagulhas banhadas a ouro, estimula a produção natural de colágeno e elastina na pele. Penetra em diferentes camadas de pele liberando ondas eletromagnéticas para dar firmeza ao local.

Preenchedores

Comuns nas chamadas harmonizações faciais", trazem resultados imediatos e são ideais para acrescentar volume e preencher rugas profundas. Um dos mais conhecidos é o ácido hialurônico, que é injetado nos pontos que precisam de firmeza.

Botox

Pode ser injetada em músculos específicos do rosto e pescoço de pessoas com papadas menores, ajudando a firmar a região.

Bioestimuladores

Inseridos sob a pele, estimulam a produção de colágeno para dar mais firmeza à região.

Criolipólise

Procedimento feito com aparelho que congela e ajuda eliminar células de gordura localizadas.

É seguro?

Luciana Leonel Pepino, cirurgiã plástica membro da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgiões Plásticos) e da Sociedade Americana para Cirurgia Plástica e Estética (Asaps, na sigla em inglês), a remoção da papada é uma questão estética. No entanto, não há nenhuma perda de função quando temos essa região mais flácida ou com excesso de gordura. "Vejo só vantagens, como a melhora da autoestima, de como [a pessoa] passa a se olhar no espelho ou a encarar o mundo. Só é desvantagem se não for feito com profissionais capacitados, porque vai trazer problemas e complicações para o paciente, como assimetrias que afetam a autoimagem", afirma.

Como tratar?

Cada tipo de papada demanda um protocolo próprio e a idade não é um fator limitante, mesmo para as intervenções mais invasivas, como mini lifting. O que conta mais, segundo especialistas, é o tipo de pele e de concentração de gordura dados após oscilações de peso ou por biotipo.

Em pacientes que possuem gordura no queixo mas ainda dispõem de uma pele firme nessa área, o tratamento é mais simples e pode ser direcionado para redução apenas da camada adiposa.

Quando não necessitar de procedimento de lipoaspiração, pode-se utilizar criolipólise, o ultrassom macrofocado ou/e aplicação de enzimas, que são técnicas estéticas e não invasivas.

Já os que têm a gordura concentrada e pele flácida vão precisar primeiro reduzir o tecido adiposo e depois o epitelial.

Embora considere a opção cirúrgica mais eficaz para remoção da gordura nesses casos, Pepino diz que, depois de uma lipo na região, pode-se combinar o microagulhamento com radiofrequência, também conhecido como "Morpheus", para tratar a pele sem cirurgia.

"O aparelho de radiofrequência é uma tecnologia de retração. Podemos também usar lasers, são todas tecnologias que vão aquecer o tecido e proporcionar uma retração da pele nesse grupo de pacientes que têm uma flacidez discreta", dizLuciana Leonel Pepino, cirurgiã plástica membro da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgiões Plásticos) e da Sociedade Americana para Cirurgia Plástica e Estética (Asaps, na sigla em inglês).

Já no grupo de pacientes com flacidez de moderada a avançada, a retirada da gordura da parte profunda é feita por lipoaspiração seguida de cirurgia de lifting ou mini lifting, que já trabalham o pescoço.

"É um procedimento cirúrgico mais agressivo, para ser feito em ambientes hospitalares, porque vai abrir a região na parte da frente e atrás da orelha e fazer uma tração dessa pele após a retirada da gordura", explica a cirurgiã.

Pepino lembra que a região tem estruturas importantes, com muitas glândulas e vasos e que é preciso procurar nesses casos profissionais médicos e qualificados.

"Se a opção for de realizar um procedimento cirúrgico, eu não abriria mão de escolher um profissional que fosse cirurgião, que tem [um conhecimento] profundo da anatomia e habilidade manual cirúrgica para fazer um procedimento tão delicado, que pode ser lesado no procedimento", destaca.

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