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Salário mínimo pode chegar a R$ 1.524 com alta da inflação

Por Júlia Galvão | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O impacto nas contas públicas com o aumento extra do piso é estimado em R$ 13,3 bilhões adicionais, se confirmado o salário mínimo a R$ 1.524
O impacto nas contas públicas com o aumento extra do piso é estimado em R$ 13,3 bilhões adicionais, se confirmado o salário mínimo a R$ 1.524

O salário mínimo de 2025 pode subir dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.524 em 2025, segundo levantamento da XP Investimentos. O valor, que representa um reajuste de 7,93%, supera a última estimativa feita pelo governo federal, enviada no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual), que prevê o piso salarial nacional em R$ 1.509 a partir de janeiro.

A diferença, segundo a pesquisa, ocorre devido à atualização do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é utilizado na correção do piso nacional e no reajuste de salários dos trabalhadores.

A XP estima que o INPC acumulado de janeiro até novembro, utilizado como referência para o reajuste do salário mínimo, será de 4,9%. A estimativa utilizada pelo governo quando o projeto de Orçamento foi apresentado ao Congresso, em agosto, era de 3,65%.

O cálculo do salário mínimo segue a fórmula de correção da política de valorização, que inclui reajuste pela inflação de 12 meses até novembro do ano anterior mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes (neste caso, a alta de 2,91% observada em 2023).

O impacto nas contas públicas com o aumento extra do piso é estimado em R$ 13,3 bilhões adicionais, se confirmado o salário mínimo a R$ 1.524, uma vez que os benefícios da Previdência Social, o BPC (Benefício de Prestação Continuada), o seguro-desemprego e o abono salarial estão vinculados ao salário mínimo. Sempre que o piso sobe, o valor mínimo desses benefícios também aumenta.

Nos últimos dias, está em discussão o anúncio do pacote de corte de gastos que tem como objetivo equilibrar as contas públicas. O anúncio das medidas, que está sendo adiado há pelo menos uma semana, avalia a possibilidade de limitar o ganho real do salário mínimo a 2,5%, correção máxima da regra fiscal do arcabouço.

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