O PC do B confirmou que a ex-deputada federal Manuela d’Ávila pediu desfiliação do partido.
Candidata a vice na chapa de Fernando Haddad (PT) na disputa presidencial de 2018, ela militava na sigla comunista havia 23 anos, desde o movimento estudantil, chegando ao partido pela União da Juventude Socialista (UJS).
"Respeitamos, mas lastimamos tal decisão. Ser membro do PC do B é um ato de liberdade e de convicções", disse o partido, afirmando ainda estar convicto de que, no PC do B, Manuela "poderia desempenhar papéis relevantes para a reconstrução do país".
A ex-deputada havia dito, em entrevista no mês passado, que era uma mulher "sem partido" por "falta de opção". O PC do B, até o último domingo (3), não confirmava a desfiliação.
Aos 43 anos, Manuela acumula no currículo experiência da política estudantil, como presidente de diretório acadêmico e dirigente da UNE.
Na migração para a política partidária, teve uma ascensão rápida. Foi eleita a vereadora mais jovem de Porto Alegre em 2004, quando tinha 23 anos. Em 2006, conquistou uma cadeira na Câmara dos Deputados, com mais de 270 mil votos, e reelegeu-se, em 2010, com mais de 482 mil.
Tentou três vezes, sem sucesso, eleger-se prefeita de Porto Alegre, em 2008, 2012 e em 2020. Dois anos depois, em 2022, estreou como consultora em campanhas. Seu primeiro trabalho foi na disputa pelo Governo de Minas Gerais, com o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD).
Com apoio de Lula e dos partidos da esquerda, ele perdeu para Romeu Zema (Novo) no primeiro turno.
Dois anos após a derrota, a empresa de Manuela cobra na Justiça R$ 1,5 milhão do PSD de Belo Horizonte e diz não ter recebido pelo serviço prestado. O litígio foi revelado pelo site O Fator, em setembro.
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