Uma equipe da Polícia Militar foi acionada pela Santa Casa de Franca, no final da tarde desse domingo, 3, após a entrada de um bebê em estado grave. A criança, de apenas 2 meses e 11 dias, chegou ao hospital em parada cardiorrespiratória e apresentava sinais visíveis de desnutrição. Os médicos tentaram procedimentos de reanimação, mas, a criança não resistiu e morreu.

O relato feito pelo médico apontou que o bebê pesava apenas 2,550 kg, uma perda significativa desde a última consulta, em 2 de outubro , quando registrava 3,490 kg. Além disso, a criança exibia uma coloração azulada e aparência "esquelética", indicando condições de saúde precárias. Conforme o médico, a criança também estava sem a sonda alimentar, essencial por conta de seu lábio leporino.

De acordo com a Polícia Militar, os policiais foram informados de que a mãe havia sido orientada a buscar atendimento médico na cidade de Campinas em 1º de novembro, mas não soube informar o local ou o nome do profissional que a teria atendido. Neste domingo, após alimentar a criança via sonda, como de costume, ela percebeu que o bebê apresentava sinais de asfixia e começou a tossir, tornando-se pálido. A mãe levou o filho ao Pronto-socorro Infantil por volta das 11h e, posteriormente, ele foi transferido para a Santa Casa de Franca, onde chegou às 16h01.

O caso levantou suspeitas adicionais devido a marcas que sugeriam queimaduras por cigarro no corpo do bebê, reforçando as suspeitas de maus-tratos. A polícia levou os responsáveis para a delegacia, onde foram autuados em flagrante por maus-tratos, com agravante de exposição à vida, resultando na morte da vítima.

Os pais foram encaminhados à Cadeia Pública de Franca, onde permanecerão à disposição da Justiça.