Sem remorso e com frieza – Luís Fernando Silveira, engenheiro de 32 anos, que tentou matar sua ex-mulher Amanda Ramazini, de 31 anos, além de ferir a filha do casal, uma bebê de 1 ano, e a ex-sogra, no dia 21 de outubro no condomínio Ecoville, em Franca, afirmou que desejava a morte de Amanda e lamentou sua sobrevivência.
As informações constam no relatório do investigador responsável pelo caso, que acompanhou o agressor sob custódia. Luís Fernando, que já havia sido preso anteriormente por violência doméstica em Ribeirão Preto e solto em audiência de custódia, cometeu o crime poucos dias após sua soltura.
De acordo com o investigador, o engenheiro demonstrou total indiferença e frieza em relação aos atos violentos contra a ex-mulher, a filha e a ex-sogra. “Muito pelo contrário, ele repetiu várias vezes que queria que Amanda estivesse morta, chegando a perguntar se ela estava estável e lamentando que, infelizmente, ela ainda estava viva”, relatou o agente.
Durante o depoimento, Luís Fernando mostrou-se despreocupado com a prisão, afirmando ter formação superior, um bom salário e que sua mãe possui uma fazenda em Goiás e imóveis para aluguel em Ribeirão Preto, insinuando que acreditava que não ficaria preso e poderia pagar fiança.
Sob custódia, o engenheiro mencionou saber da gravidez de Amanda, mas duvidava da paternidade. Demonstrou preocupação com os custos de uma eventual pensão e a separação, alegando que o valor pedido por Amanda era injusto. Apesar de mostrar afeto pelo filho mais velho, ele foi frio em relação à gravidez da ex-esposa e não demonstrou interesse no estado de saúde da filha de 1 ano, também ferida no ataque.
Outro ponto que chama atenção no relatório é que, ao chegar na cadeia, Luís Fernando reiterou sua frustração pela sobrevivência de Amanda, evidenciando sua personalidade fria e a ausência de arrependimento.
Na sexta-feira, 25, ele foi indiciado por tentativa de feminicídio, estupro e violência psicológica pela delegada Juliana da Silva Paiva, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
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