NA MAJOR NICÁCIO

Agiotagem? O que se sabe sobre a morte de Luquinha Cigano

da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Verônica Andrean/GCN
Veículo Camaro de Luquinha Cigano é vistoriado próximo ao local do crime na quinta-feira, 19
Veículo Camaro de Luquinha Cigano é vistoriado próximo ao local do crime na quinta-feira, 19

Lucas Alves da Silva, conhecido como "Luquinha Cigano", de 36 anos, foi executado em frente a uma loja de veículos na última quinta-feira, 19, em plena Major Nicácio, uma das principais avenidas e corredores comerciais de Franca.

Até o momento, ninguém foi preso, e as únicas pistas da polícia indicam que dois homens a pé executaram o rapaz e deixaram um amigo ferido. Agiotagem e acerto de contas são as principais suspeitas da polícia.

Ao todo, os criminosos dispararam 26 tiros e depois fugiram em um Fiat Palio. Onze atingiram Luquinha Cigano e dois, Caique Neves, que estava com Lucas no momento do crime. Caique foi baleado na mão e na perna, mas sobreviveu e foi levado à Santa Casa de Franca.

Execução em plena luz do dia

O caso aconteceu por volta das 15h20, horário em que as garagens de veículos naquela região estavam bem movimentadas. Apesar disso, os criminosos não tiveram medo de serem reconhecidos ou flagrados por câmeras de segurança.

Segundo a Polícia Civil, a execução foi premeditada, e os dois assassinos chegaram atirando. Lucas foi atingido na cabeça e no abdômen, não resistiu e morreu no local. Para a polícia, Caique não era o alvo principal dos assassinos.

Depois do crime, a Polícia Militar fez cercos pelas regiões da cidade, mas ninguém foi encontrado.

O que Lucas fazia ali naquela hora?

Segundo as investigações, Lucas não tinha uma profissão fixa, mas já se sabe que ele vendia carros. Inclusive, negociava um Camaro amarelo com o proprietário do estacionamento onde foi morto. Já se sabe que no momento em que foi morto, Lucas já havia passado no local antes, onde pegou uma quantia de R$ 25 mil com o dono da garagem.

Esse dinheiro, inclusive, poderia estar dentro do carro após o crime, mas a hipótese foi descartada após uma revista no Camaro.

Dinheiro e acerto de contas

De acordo com o delegado responsável pelo caso, no momento da execução, Lucas estava com notas de dinheiro nas mãos e brincou com o dono da garagem, já que ele tinha uma dívida de R$ 350 com o garageiro.

Lucas era conhecido por comprar carros e usava algumas garagens para vendê-los. Esse esquema de compra e venda de carros está sendo investigado pelo Setor de Homicídios, pois a vítima havia sido ameaçada de morte por um comprador.

Esse homem teria comprado uma caminhonete Amarok e negociado as parcelas. Durante o período da compra, ele foi preso, e Lucas então decidiu pegar o veículo de volta. Porém, os dois homens entraram em desacordo, já que o comprador queria o valor das parcelas já pagas. Esse dinheiro pode ter sido o motivo do crime.

Investigações e fuga dos suspeitos

Após o crime, a dupla fugiu em direção ao Centro. O Setor de Homicídios da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) está analisando imagens de câmeras de segurança que mostram a fuga dos atiradores.

Nas imagens, é possível ver os homens em um Fiat Palio, que chega a andar na contramão durante um trecho da rua Marechal Caxias antes de fugir.

Sepultamento

Lucas não era natural Franca, assim como Caique. Ambos são de São José do Rio Preto. Lucas foi velado e sepultado em sua cidade natal. Ele já havia respondido por posse ilegal de arma de fogo e foi denunciante em um caso de estelionato.

Ciganos?

Durante a perícia no local, chegaram familiares e amigos da vítima. Segundo eles, Lucas era cigano e morava em um local não divulgado em Franca.

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Comentários

1 Comentários

  • Curioso 21/09/2024
    Se investigar a turma dos super carros em Franca, metade fazem ilicitudes e a outra falcatruas... É muito rolo e ostentação. Porsches, BMWs, Camaros, andando pra cima e pra baixo como se fosse normal kkk É muita lavagem, agiotagem e sonegação!