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Wantuil: 'Francana precisa do torcedor para manter o futebol'

Por Lucas Faleiros | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Arquivo pessoal
Wantuil Rodrigues acompanhou, junto de Marcos Evangelista e Dexter Marshall, a um clássico do Campeonato Mineiro e se surpreendeu com presença do público
Wantuil Rodrigues acompanhou, junto de Marcos Evangelista e Dexter Marshall, a um clássico do Campeonato Mineiro e se surpreendeu com presença do público

A temporada de 2024 da Francana foi marcada pela conquista do acesso à Série A3 do Campeonato Paulista, depois do vice-campeonato da Série A4, vencida pelo Rio Branco, e pelo retorno à disputa da Copa Paulista, torneio que ainda está em andamento e teve a Veterana eliminada pelo Votuporanguense nas oitavas de final.

Wantuil Rodrigues, técnico da equipe, conversou com o portal GCN/Sampi e analisou o ano feito pelo clube de vários pontos de vista, incluindo o do desempenho, o financeiro e o contratual.

A respeito dos resultados obtidos nas competições disputadas pelo elenco profissional, o “professor” está satisfeito – principalmente por conta do acesso à Série A3, divisão que não era frequentada pela alviverde há quase uma década.

“Fomos a melhor campanha, o time que mais venceu, o melhor ataque e a melhor defesa", ressaltou ele. Os feitos citados deram à Francana a possibilidade de jogar nas fases decisivas com a vantagem do empate, o que, para Wantuil, foi crucial para garantir o salto de divisão: "Nós atingimos o objetivo”.

A campanha na Copa Paulista também foi elogiada pelo técnico, mas ele considerou que a Francana poderia ter avançado mais, apesar dos problemas financeiros enfrentados. O treinador conta que a falta de recursos dificulta a manutenção de jogadores, que, naturalmente, buscam melhores salários em outros clubes.

A solução para a situação poderia ser a renda gerada pela bilheteria, mas os torcedores não compareceram em grande número na competição que finalizou o ano. No primeiro final de semana de setembro, Wantuil visitou, juntamente de Marcos Evangelista, pai do goleiro Michel, e Dexter Marshall, barbadiano que faz um intercâmbio na Francana, a cidade mineira de Uberaba, onde assistiu ao clássico entre Nacional e Uberaba, válido pela Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Ele se surpreendeu com a presença do público.

“Lá, em Uberaba, o ingresso era 30 reais e eu não vi ninguém reclamando. Ninguém da imprensa e nenhum torcedor. O público me entusiasmou muito, aproximadamente sete mil pessoas. O comparecimento da torcida é a forma de ajudar o clube a ter futebol profissional. Nós precisamos voltar a ter esse torcedor no campo. Ele tem que estar lá e nos ajudar", convocou Wantuil.

Para se ter uma ideia do que prega o líder da comissão técnica da Francana, o clube teve prejuízo em quase todos os jogos da Copa Paulista que aconteceram no Lanchão, de acordo com boletins financeiros divulgados pela FPF (Federação Paulista de Futebol). No duelo contra o Monte Azul, por exemplo, o déficit foi de R$ 3,8 mil.

Apesar do cenário, Wantuil ainda nutre esperanças e acredita que o torcedor francano possa “tirar o pijama” e voltar às arquibancadas do Lanchão. “Eu conheço essa torcida da Francana. Ela esteve lá em 2002. Eu quero essa torcida presente. Nós precisamos dela, né?”.

Observação de reforços

Além da experiência de acompanhar um outro campeonato de perto e da surpresa com a presença da torcida mineira, Wantuil aproveitou a ida a Uberaba para observar possíveis reforços para a Francana. Ele conta que alguns jogadores chamaram a atenção e aproveita para elogiar os trabalhos feitos pelos técnicos de Nacional e Uberaba.

“Eu parto do princípio de não terceirizar o olhar. Eu quero ver todos os jogadores que a Francana vai contratar para a Série A3. Então, o objetivo principal da ida foi o de observar as equipes, que têm bons valores. Alguns atletas chamaram a atenção. Os dois clubes montaram bem os elencos e têm bons treinadores. Tanto o Thiago quanto o Nelson são técnicos aqui do futebol paulista e que conhecem bem essa faixa de idade da Segunda Divisão do Mineiro”.

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