ATAQUE NA RODOVIA

Ataque a carro-forte em 2005 matou um vigilante no mesmo trecho

Por Hevertom Talles | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/Comércio da Franca
Vigilante em 2005 morreu no local: assaltantes vieram armados com três tipos de fuzil – AR-15, AK-47 e .30
Vigilante em 2005 morreu no local: assaltantes vieram armados com três tipos de fuzil – AR-15, AK-47 e .30

Um ataque violento semelhante ao ocorrido nesta segunda-feira, 9, contra um carro-forte da empresa Protege, na rodovia Cândido Portinari, também aconteceu bem próximo ao mesmo trecho em 2005. Na ocasião, o alvo foi um veículo da empresa Prosegur. Um vigilante perdeu a vida no local.

Segundo publicou na época o jornal Comércio da Franca, os assaltantes vieram armados com três tipos de fuzil – AR-15, AK-47 e .30 –, e tentaram assaltar, no dia 19 de setembro de 2005, por volta das 19h [aproximadamente o mesmo horário da tentativa de roubo desta segunda-feira], o carro-forte na Rodovia Cândido Portinari km 380, a apenas 6 quilômetros de distanciamento em relação ao ponto da tentativa de roubo desta segunda-feira.

Em 2005, o veículo transportava dinheiro de empresas de Franca e seguia para Ribeirão Preto. Apesar da violência empregada na ação criminosa, os bandidos não conseguiram levar nada. Os seguranças conseguiram manter as portas do carro fechadas num primeiro momento.

Como foi o assalto

Uma caminhonete Ranger prata, cabine dupla, ultrapassou em uma descida um caminhão, que estava a 110 km/hora, e abriu fogo contra os quatro seguranças que estavam dentro do carro-forte. Em um dos lados, depois a polícia contou 22 tiros, e alguns deles inclusive conseguiram perfurar a blindagem. Segundo a empresa, o carro assaltado possuía segurança considerada de último grau.

Os vigilantes Alessandro Tulioli e Valter Morais de Araújo estavam atrás e trocaram tiros com os assaltantes. O vidro dianteiro foi atingido ao menos quatro vezes, e o motorista Barnabé ficou ferido no braço. O outro vigilante, Danton Oliva Júnior teve a perna atingida por um disparo. Os dois feridos foram trazidos para o Hospital Regional, em Franca. Uma bala ficou alojada no colete de Alessandro, que não se feriu.

Carro-forte ficou preso no canteiro central

Quando as balas começaram a ultrapassar a blindagem, porém, o motorista do carro-forte tentou mudar de sentido na rodovia e ficou preso no canteiro central. Segundo os seguranças, os bandidos gritavam para abrir o veículo. Valter Morais teve o braço quase decepado e, mesmo com colete, levou um tiro no peito, morrendo no local. O colega de trabalho, Danton, ainda tentou reanimá-lo, mas quando o socorro médico da Via Norte chegou, o segurança estava morto. 

O delegado seccional, Maury de Camargo Segui, disse que no momento em que o caminhão atolou, um outro veículo baú usado para carregar presos passava pelo trecho. "Os bandidos abriram fogo contra o motorista, que acreditou se tratar de um acidente. Logo em seguida, passou um carro da Polícia Militar, o que fez eles fugirem". Ele declarou acreditar tratar-se de bandidos de outra cidade.

A caminhonete com os suspeitos [segundo a polícia seriam cinco] se dirigiu para estradas sem pavimentação na região.

O sargento Pedro Donizete Ferreira, da Polícia Rodoviária, confirmou ter havido troca de tiros com os policiais, mas ninguém ficou ferido. O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Wanir José da Silveira, apontou que outros carros poderiam ter dado apoio aos ladrões. Esse foi até então o primeiro roubo desse tipo ocorrido na região de Franca.

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