EM UMA SEMANA

Três suspeitos de provocarem queimadas em SP foram presos

Por Francisco Lima Neto | da Folhapress
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/Agência SP
O governador Tarcísio de Freitas afirmou que três pessoas foram presas nas cidades de São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira por provocar incêndios
O governador Tarcísio de Freitas afirmou que três pessoas foram presas nas cidades de São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira por provocar incêndios

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A polícia prendeu até esta segunda (26) três pessoas suspeitas de promoverem queimadas no estado de São Paulo nos últimos dias.

As detenções aconteceram nas cidades de Guaraci, São José do Rio Preto e Batatais, todas no interior do estado. As informações são da Secretaria da Segurança Pública paulista

Mais cedo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse em entrevista à GloboNews que uma pessoa tinha sido presa esta manhã em Porto Ferreira, mas depois a pasta esclareceu que dois suspeitos foram multados em R$ 15 mil por infrações ambientais na cidade nesta segunda. Nenhum deles foi preso.

No domingo (25), Tarcísio já havia falado sobre a prisão dos suspeitos em São José do Rio Preto, no sábado (24), e em Batatais, no domingo (25).

De acordo com o governo do estado, o suspeito preso em Batatais, de 42 anos, já tinha passagens pela polícia por roubo, furto, homicídio e posse de droga. Tarcísio disse que ele estaria "ateando fogo com gasolina, querendo agravar a situação".

"É uma coisa que não vamos tolerar. As forças de segurança estão bem mobilizadas para impedir esse tipo de ação", disse o governador em entrevista coletiva no domingo.

Já o preso em São José do Rio Preto é um idoso de 76 anos, detido após atear fogo em lixo, em uma área de mata no Jardim Maracanã, na manhã de sábado. O caso foi registrado no plantão da Delegacia Seccional da cidade.

Além deles, uma pessoa de 26 anos foi presa em Guaraci (na região de barretos) na semana passada. De acordo com a secretaria, ele foi detido em flagrante por atear fogo em vários pontos de um canavial que fica próximo da área urbana.

Os incêndios causaram acidentes e interrupção de aulas e lotaram hospitais, entre outros transtornos em diversas regiões do estado de São Paulo. Duas pessoas morreram e outras 66 ficaram feridas, de acordo com a Defesa Civil.

Segundo boletim divulgado pelo gabinete de crise na manhã desta segunda-feira (26), em Altinópolis, na região de Ribeirão Preto, 60 pessoas precisaram de atendimento médico em razão da inalação de fumaça dos incêndios.

Na quinta-feira (22), seis pessoas ficaram feridas em um engavetamento na rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), em Bebedouro, devido à falta de visibilidade causada pela fumaça das queimadas.

Na sexta (23), dois funcionários de uma usina morreram tentando combater o fogo.

A Defesa Civil afirma que 80 pessoas estão desalojadas no estado por causa dos incêndios.

A Prefeitura de Ribeirão Preto anunciou a suspensão das aulas em todas as escolas municipais nesta segunda-feira por causa das queimadas. A cidade foi uma das mais atingidas pelos incêndios que se alastraram pelo interior do estado nos últimos dias.

Foram queimados 34.174 hectares em 14 regiões. Não há focos ativos de incêndio nesta segunda, mas 48 municípios estão em alerta máximo para queimadas, de acordo com a Defesa Civil.

A Polícia Federal abriu dois inquéritos para investigar suspeita de ação criminosa nas queimadas.

Com o agravamento da situação, o governador viajou no domingo para Ribeirão Preto. Ele anunciou um plano emergencial na Saúde para garantir o reforço nos atendimentos a casos respiratórios em decorrência da fumaça e baixa umidade do ar.

O plano emergencial prevê a ampliação dos serviços de telemedicina para consultas de triagem e acompanhamento de condições respiratórias, reduzindo a sobrecarga nas unidades de saúde.

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