MOBILIDADE

Quantidade de motociclistas em Jundiaí aumenta 20% em cinco anos

Por Nathália Souza | Jornal de Jundiaí
| Tempo de leitura: 3 min
Nathália Sousa
Valdeci Guimarães (esq.) e Elton Santos (dir.) são motociclistas há muitos anos e atualmente trabalham com entregas em Jundiaí
Valdeci Guimarães (esq.) e Elton Santos (dir.) são motociclistas há muitos anos e atualmente trabalham com entregas em Jundiaí

Neste sábado (27) é o Dia Nacional do Motociclista. Em Jundiaí, a categoria cresce e motos já representam quase um quinto da frota total da cidade. A quantidade de acidentes fatais com motos, por outro lado, vem caindo. Ainda assim, motociclistas, mesmo não sendo maioria, ainda estão envolvidos em boa parte dos acidentes de trânsito, são uma parte “frágil” no fluxo frenético que aumenta em Jundiaí a cada ano.

Enquanto a frota total de Jundiaí aumentou 12,76% em cinco anos e meio, a de motocicletas e motonetas aumentou 19,34% no mesmo período. Na cidade, a frota total de veículos pulou de 324.547, sendo 51.056 de motos, 15,73%, em dezembro de 2018, para 365.959 veículos em junho de 2024, sendo 60.929 motos, 16,65%. Em contrapartida, a quantidade de acidentes fatais com motos caíram. No primeiro semestre de 2018, foram 39 mortes no trânsito de Jundiaí, 23 de motociclistas (59%). Já no primeiro semestre deste ano, foram 27 mortes no trânsito, oito de motociclistas (29%).

Dinâmica
Motociclista há seis meses, Alexander Vinícius, de 26 anos, acha que o trânsito de Jundiaí vem crescendo. "Acredito que por ser uma cidade que não é mais tão de interior, tem um fluxo muito grande no trânsito e já não tem estrutura para receber tantos veículos, então acontecem acidentes mais por causa da estrutura da cidade. Hoje falta espaço e tem cada dia mais apartamento lançado, a cidade vai ficando pequena para o fluxo de veículos, pessoas se mudando de São Paulo para cá, interfere no trânsito", diz ele, que atuava com corretagem de imóveis.

Alexander acha que o município caminha para um trânsito mais caótico. “São Paulo ainda é pior, porque lá o fluxo é muito maior, mas Jundiaí caminha para isso. Hoje o trânsito de Jundiaí só não é pior que o de São Paulo e o de Campinas, mas comparando com outras cidades do interior, como Sorocaba, Jundiaí é pior."

Motociclista há 19 anos, Elton Santos, de 41 anos, percebe o aumento de motociclistas na cidade. "A frota de carros é muito maior, mas muita gente usa moto para se locomover, para trabalhar, até mototáxi, que não é legalizado na cidade. Faço só entrega e tem bastante gente que está dirigindo e falando no celular. Às vezes você anda certo e outras pessoas não andam. Tem bastante moto em Jundiaí, depois da pandemia muita gente começou a trabalhar com entrega e também é um transporte mais ágil, econômico. Eu moro em Jarinu e venho para cá todo dia para trabalhar", comenta.

Já Valdeci Guimarães de 50 anos, que é motociclista há 31 anos, reclama de motociclistas que não respeitam regras de trânsito. "Ando de moto há mais de 30 anos e acho que hoje quem anda de moto não respeita muito, a molecada. Eu nunca caí de moto, mas também ando de carro e tem ponto cego nos carros, então, se o motorista vacila, às vezes bate em motoqueiro. Eu já derrubei um motoqueiro, porque não vi ele no ponto cego do lado do carro. Tem que andar com muita atenção Há uns vinte anos, Jundiaí era bem mais tranquila, nem tinha trânsito, mas agora tem muito", lembra.

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