Para “pegar uma praia”, o francano precisa enfrentar 500 km até o Litoral Paulista. Deseja contato com a natureza e paisagens exuberantes? São 180 km até a Serra da Canastra (MG). Para aproveitar parques aquáticos, é preciso dirigir 177 km até Olímpia (SP) ou 400 km até Caldas Novas (GO). Até para ir a grandes shoppings, é preciso enfrentar a rodovia. Ribeirão Preto, por exemplo, está a 90 km.

Franca está fora da rota do turismo convencional. O que pouca gente sabe é que — mesmo “esquecido” no interior paulista — o município oferece opções de lazer e conforto, seja para passar o fim de semana ou uma temporada. O Airbnb, aplicativo de locação de imóveis, oferece 213 espaços na cidade para todos os gostos e bolsos.

Em pesquisa realizada pelo Portal GCN/Rede Sampi no último dia 12, a plataforma tem anúncios de apartamentos, casas, casas de campo, hotéis, hotéis-fazenda, pousadas, quartos comuns e suítes em Franca. Os hóspedes conseguem filtrar por tipo de imóvel, faixa de preço, número de camas, quartos ou banheiros e se possuem comodidades (como ar-condicionado, máquina de lavar e Wi-Fi, por exemplo). Tudo para encontrar o espaço perfeito. Já os preços na cidade variam de R$ 94 a R$ 593 por noite.

Público

Afinal, quem reserva Airbnb em Franca? Todos os públicos. O CEO da Duon, Danilo Rezende, explica que, por a cidade não ser turística, não tem um grupo direcionado. “Acontecem várias situações. O cara que se separa da mulher, o cara que vai reformar a casa, pessoal que vem para congresso, que vem trabalhar, representante comercial, gente que vem visitar parentes ou amigos, que vem para formaturas ou casamentos”, exemplificou.

Variedade que proporciona oportunidades de negócios. A Duon é uma startup francana que gerencia mais de 200 imóveis de locação em Bauru, Franca, Goiânia (GO), Itapema (SC), Pirassununga, Ribeirão Preto, Santos e São Carlos, além de Santa Cruz de La Sierra e Cochabamba, ambas na Bolívia, que são cidades que recebem estudantes de medicina.

“A nossa ideia é que a nossa startup fizesse apartamentos mobiliados, alugando mensalmente para que as pessoas não precisassem gastar com mudança. Depois foram surgindo outras ideias. A gente entendeu que, por vários fatores, o aluguel por temporada poderia acontecer no interior. Hoje, já tem muito em São Paulo, cidades de turismo e veraneio. Tinha muita convicção de que isso poderia vir para o interior”, disse Rezende.