8 de Janeiro

Bauruense condenada no 8/1 hospeda os que fugiram para Argentina

Por |
| Tempo de leitura: 2 min
Arquivo pessoal
Atualmente, Fátima Pleti mora em La Plata
Atualmente, Fátima Pleti mora em La Plata

Condenada a 17 anos de prisão por participar da tentativa de golpe de Estado e por tentar abolir o estado democrático de direito em 8 de janeiro de 2023, a bauruense Fátima Aparecida Pleti, 61 anos, atualmente considerada fugitiva pela Justiça após quebrar a tornozeleira para deixar o Brasil, agora oferece hospedagem na Argentina aos que estão em situação semelhante, assim como os ajuda a chegar ao País vizinho. A informação é do UOL, que também teve acesso a conversas por aplicativos com militantes bolsonaristas.

De acordo com a reportagem veiculada no site, ela está vivendo em um sobrado de três quartos em La Plata, a 56 quilômetros de Buenos Aires, onde disponibiliza vagas em quartos, por cerca de R$ 500,00 ao mês. O imóvel, inclusive, foi visitado pelo UOL, que conversou com ela.

Identificando-se como Aparecida, seu segundo nome, disse que montou a casa para acolher os patriotas. Em áudios a que teve acesso, a reportagem também soube que Fátima Pleti contou com ajuda de bauruenses para chegar a La Plata. Segundo Mariel Marra, advogado de envolvidos em 8/1 e que foi consultado pelo UOL, o transporte e a hospedagem na Argentina de alguns fugitivos foram financiados por terceiros.

Em conversa de Fátima com militantes a qual o UOL teve acesso, ela não deu detalhes sobre como se daria a travessia para a Argentina. Mas um dos integrantes do grupo dela, que pediu para não ser identificado, contou que um taxista de Foz do Iguaçu (PR) faz o transporte de foragidos até Puerto Iguazú (Argentina), região da tríplice fronteira, cobrando R$ 130.

Em Bauru teria permanecido o marido de Pleti. De acordo com o que relatou ao UOL, ela deixou o marido doente no Brasil, razão também pela qual está vivendo um inferno. A bauruense ainda informou vender doces para ajudar nas despesas. O advogado dela foi procurado pela reportagem, mas preferiu não se manifestar.

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários