Segundo Paulo, junto com dois médicos, questionou a Secretaria sobre a qualidade da sonda oferecida. “Eles falam que é licitado com três empresas e a mais barata é a que fica com o contrato. Questionei ainda sobre quem via a qualidade do material passado para a gente, e eles disseram que era um técnico de enfermagem. Veja bem, um técnico não tem essa competência de avaliar a qualidade de um produto para ser licitado”.

Há dois meses, o aposentado devolve as sondas distribuídas pela UBS (Unidade Básica de Saúde). Como resultado, precisa comprar. Ele utiliza até seis descartáveis por dia, no valor de R$ 1,40 cada. Multiplicado por 31 dias, o gasto médio é de R$ 260,40 por mês. “É claro que o fornecedor recebe do município e, provavelmente, essa sonda deva ir para o lixo, porque eu não uso e quem tem sensibilidade não usa”.

Paulo alerta sobre o risco do uso material em pacientes que não têm sensibilidade. “Terceiros passam ela e, com certeza, cortam essas pessoas. Como elas não têm sensibilidade, deve ficar em uma situação difícil na parte de infecção urinária, podendo ter até outras complicações. Já aconteceu de ela dobrar quando puxa”.

Prefeitura de Franca
Apesar do aposentado ter afirmado que já procurou pela Secretaria, em nota, a pasta orientou a ele que oficialize a solicitação, protocolando na Ouvidoria da Secretaria de Saúde, para que a empresa responsável por fornecer o material, vencedora da licitação, seja notificada.