EXPORTAÇÃO

Exportação de calçado francano sofre queda de 33,9% no 1º bimestre de 2024

Em janeiro e fevereiro deste ano, as vendas ao exterior do calçado de Franca somaram US$ 8,6 milhões, 33,9% a menos que o 1º bimestre de 2023 (US$ 13 milhões).

Por Tiago Vieira | 09/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

Arquivo/GCN

O calçado com cabedal de couro, mesmo com a diminuição nas vendas, ainda é o modelo de calçado mais vendido para o exterior
O calçado com cabedal de couro, mesmo com a diminuição nas vendas, ainda é o modelo de calçado mais vendido para o exterior

O valor total das vendas de exportação do calçado francano apresentou uma queda nos dois primeiros meses de 2024 em comparação a janeiro e fevereiro de 2023, segundo os números divulgados pelo Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca).

Em janeiro e fevereiro deste ano, a exportação em Franca somou US$ 8,6 milhões, 33,9% a menos que o 1º bimestre de 2023, que vendeu US$ 13 milhões em exportações.

Dos cinco países que mais compraram calçados de Franca em 2024, três apresentaram uma diminuição em comparação a 2023: Estados Unidos 34,7%, Argentina, 29,2%, e Coreia do Sul, 52,9%. No caso da Colômbia e Equador, as exportações aumentaram em 27,3% e 290,5% respectivamente neste ano.

A maior queda em comparação ao 1º bimestre de 2023 foi a do Panamá: o país diminuiu 67,4% o total de suas compras referentes ao calçado francano em 2024. As exportações para a Irlanda apresentaram um aumento de US$ 16,4 mil em 2023 para US$ 103 mil em 2024, representando 527,5% de aumento.

O calçado com cabedal de couro, mesmo com a diminuição nas vendas, ainda é o modelo de calçado mais vendido para o exterior, somando US$ 11,9 milhões em vendas no ano passado, caindo para US$ 7,8 milhões em 2024.

José Carlos Brigagão, presidente do Sindifranca, explica que as instabilidades econômicas, inflação e juros alto nos principais mercados mundo afora são responsáveis em parte por estas quedas, pois impactaram o consumo. Mas o maior impacto vem dos concorrentes asiáticos, especialmente China e Vietnã, que vem tomando espaço, principalmente na América Latina, que é um dos maiores mercados para os exportadores francanos.

O presidente do Sindifranca foi perguntado se há expectativa do aumento da exportação em 2024. “É difícil dizer, pois em um mundo globalizado, fatores externos podem interferir muito em um cenário. Conflitos, guerras, catástrofes climáticas, inflação e crescimento econômico podem surgir em um mercado importante e virar o jogo”, disse José Carlos.

Brigagão contou o que está sendo feito para melhorar os números da exportação. "Temos feito uma experiência altamente positiva da FBR 2024, rodada de negócios internacional, trazendo os importadores para conhecer nosso produto em casa”, explica o empresário.

O presidente do Sindifranca acredita que eventos como BF Show na cidade de São Paulo e o Espaço Moda Franca, lançado há poucos dias com o objetivo de apresentar os calçados de Franca aos compradores internacionais e nacionais, podem render ótimos resultados já no 1º semestre de 2024. “Precisamos continuar indo em busca do importador, e qualquer iniciativa de aproximação é bem-vinda”. Completou José Carlos Brigagão.

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1 COMENTÁRIOS

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  • Kleber Zanqueta
    09/04/2024
    Cego é aquele que não quer enxergar. Os investidores não confiam no governo do amor, e o resultado é esse.