CÂMARA

Ribeirão Corrente deve cassar vereador por questionar suposto nepotismo na Prefeitura

Por N. Fradique | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Rede Social
Carlos Miranda questiona nepotismo na Prefeitura: 'Estou cumprindo meu papel'
Carlos Miranda questiona nepotismo na Prefeitura: 'Estou cumprindo meu papel'

Mais um vereador de oposição da atual administração de Ribeirão Corrente poderá ser cassado. A Câmara Municipal da cidade vizinha a Franca analisa o pedido protocolado na última quinta-feira, solicitando a abertura de processo de cassação de Carlos Miranda (PL).

O documento protocolado no Legislativo é de autoria de Airton Montanher, ex-prefeito e marido da atual prefeita Aninha Montanher (MDB). Airton alega que sofreu calúnia, após três vereadores questionarem no Ministério Público a possível prática de nepotismo na Prefeitura.

“Há mais ou menos um ano, eu e outros dois vereadores fizemos uma representação apontando ao Ministério Público a possível prática de nepotismo por parte da administração pela contratação do Secretário Administrativo, que é marido da prefeita. O MP entendeu que não houve nepotismo e, com base nisso, o marido da atual prefeita entendeu sofrer denúncia caluniosa. Com isso, ele fez a representação imputando a mim quebra de decoro parlamentar”, explicou o vereador conhecido como Carlim.

Os outros vereadores citados por Carlim - Nelson Moraes e José Carlos Mineiro - tiveram seus mandatos cassados no ano passado. Eles também eram oposição à atual administração.

Carlim disse que sofre perseguição política por exercer sua função, que é fiscalizar o Poder Executivo. “Já houve outros casos, vereador que desacatou a Procuradora da Câmara, vereador que já compareceu à sessão bêbado, áudios de vereador circulando dizendo que só foi eleito porque comprou votos, e nada aconteceu, por eles serem da base”, desabafou o parlamentar. “Recentemente, cassaram dois vereadores de oposição e agora querem também a minha cassação. Nitidamente não aceitam a liberdade de expressão e a democracia”, acrescentou.

A presidente da Câmara de Ribeirão Corrente, Aline Carrer da Silva (PTB), disse nesta segunda-feira, 25, que a matéria está na pauta da sessão desta terça-feira, 26, e será discutida pelos vereadores. “Meu papel como presidente é receber o que chega à Câmara, porém quem decide é o plenário. Os vereadores vão discutir e decidir se aceitam ou não a denúncia”, disse Aline. Se a denúncia for aceita, a Casa de Leis abrirá uma Comissão Processante. Caso contrário será arquivada.

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Comentários

3 Comentários

  • John Carter 26/03/2024
    O vereador questiona a moralidade a legalidade de uma ação completamente duvidosa da prefeita, já que, ela colocou o marido dela em um cargo público de confiança. O ministério público - entende - que está tudo certo, que não trata-se de nepotismo. O vereador corre o risco de perder o emprego e os cidadãos de ribeirão corrente, que deveriam questionar e colocar pressão, ficam igual a coredeirinhos berrantes e nada fazem. Percebe-se aqui, que temos apenas 3 comentários com esse meu. Enfim, os cidadãos desse município devem adorar ganhar um salário mínimo para trabalharem igual escravos, porque aceitam uma situação dessa onde alguém foi colocado no cargo de forma ilegal e apenas por recomendação e vai tirar uma renda umas 10x ou mais maior que a os moradores dessa cidade... berrem mais cordeirinhos, berrem e dêem tudo aos lobos a sua volta...
  • Rhioda Warz 25/03/2024
    O Secretário Administrativo foi colocado nesse cargo pela prefeita da cidade. O Secretário Administrativo é marido da prefeita. O significado de nepotismo é é o favorecimento dos vínculos de parentesco nas relações de trabalho ou emprego, enfim, a conlusão vai do nível de consicência de cada um. Não é porque o Ministéro Público entendeu que não há nepotismo que pode não haver. Lemrebm-se jovens padawans, não é porque é alguém da lei que está certo, não é porque é lei que também é certo, lembremos dos tempos de escravidão, que também era lei e tinha a benção dos governantes...
  • Dirceu 25/03/2024
    Se dar um cargo de confiança a um familiar não é nepotismo, o que vai ser... Mas política do amor é assim mesmo... vão eliminando a concorrência de uma forma ou de outra.