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ALERTA
Jovens aderem e cigarros eletrônicos estão em tabacarias de Franca; lei proíbe
Apuração realizada pelo GCN Sampi em quatro tabacarias de Franca revelou que, apesar da proibição, lojas de Franca vendem cigarros eletrônicos. Prefeitura faz fiscalização.
Por Igor Araújo | 12/04/2024 | Tempo de leitura: 3 min
da Redação
iStock/Getty Images
A crescente popularidade dos cigarros eletrônicos entre os jovens tem chamado a atenção das autoridades de saúde, gerando preocupações tanto pela venda proibida quanto pelos potenciais efeitos viciantes desses dispositivos, conhecidos como "vapes".
Embora os cigarros eletrônicos sejam proibidos no Brasil desde 2009, uma pesquisa realizada pela Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) revela que aproximadamente 2,2 milhões de pessoas no país fazem uso desses dispositivos, sendo a maioria jovens.
A Associação Médica Brasileira alerta que os cigarros eletrônicos contêm nicotina líquida, que apresenta alto poder aditivo, além de diversas outras substâncias, muitas delas tóxicas e cancerígenas.
Uma apuração realizada pelo GCN/Sampi em quatro tabacarias de Franca revelou que, apesar da proibição, essas lojas vendem cigarros eletrônicos. Os produtos são adquiridos principalmente da China e do Paraguai, segundo os comerciantes. Das quatro lojas, duas delas informaram que tinham o produto até o início do mês, porém uma fiscalização da Vigilância apreendeu todos os dispositivos, já que a venda é proibida.
Os preços variam em torno de R$ 80,00 para dispositivos descartáveis e R$ 130,00 para recarregáveis, com líquidos vendidos separadamente por cerca de R$ 70,00.
Uma das tabacarias disse que informa aos clientes que o uso é para quem quer parar de fumar e que os produtos não fazem tanto mal quanto o cigarro de papel, por terem um teor menor de nicotina.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta sobre os riscos associados ao uso de cigarros eletrônicos, recomendando que os países adotem medidas de controle semelhantes às aplicadas ao tabaco, incluindo a proibição dos dispositivos.
"Me arrependo"
Milena Ramos, de 21 anos, moradora de Franca, relata que utiliza cigarros eletrônicos há 5 anos, optando pelo modelo descartável. Ela menciona pagar entre R$ 70,00 e R$ 130,00 pelo dispositivo, que dura cerca de 3 semanas. Milena substituiu o cigarro de papel pelo vape há dois anos e reconheceu os desafios do vício, expressando arrependimento por ter começado tão cedo.
“Eu fumo faz 5 anos. Eu fumo o descartável, elfabar ou ignite. A média de preço é de 70,00 a 130,00. E sou só eu que fumo no grupo dos meus amigos. Acho que hoje temos muita informação sobre os malefícios. Hoje eu me arrependo de ter começado a fumar, o vício não é fácil e muitas vezes a tentativa de parar é em vão", complementou.
"Me apaixonei pelo vape"
Luana Campos, 28 anos, moradora de Franca, relata não ter fumado cigarros tradicionais, mas utiliza regularmente o cigarro eletrônico, que a ajuda a relaxar. Ela e o marido fazem uso dos dispositivos em casa e em eventos sociais. Ao ser questionada sobre os possíveis danos à saúde, Luana minimiza os riscos, considerando o cigarro eletrônico como uma moda passageira.
“Eu nunca gostei de cigarro por conta do cheiro, mas me apaixonei pelo vape quando uma amiga me apresentou, eu não fico sem, uso em festas e shows, eu e meu marido adoramos. Eu gosto de tudo que está sendo usado no momento, gosto de fumar, mas sempre em lugares que são permitidos".
Fiscalização em Franca
A Vigilância em Saúde em Franca informa que o comércio de cigarro eletrônico é proibido por lei. Informa também que faz fiscalização dos estabelecimentos para identificar as vendas irregulares. Denúncias podem ser feitas através do telefone (16) 3711-9408.
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