VIA SACRA

Moradora do Jd. Paraty sofre com bactéria rara: ‘vai acabar me matando’

Por Pedro Baccelli | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Pedro Baccelli/GCN
Edvânia Costa de Souza Oliveira segura diagnóstico de bactéria rara
Edvânia Costa de Souza Oliveira segura diagnóstico de bactéria rara

Edvânia Costa de Souza Oliveira, de 50 anos, vive uma via sacra na saúde pública. A moradora do Jardim Paraty, na zona Sul de Franca, sofre com problemas renais e foi diagnosticada com uma bactéria resistente a medicamentos. A busca é por um tratamento eficaz que termine com as fortes dores na uretra e as pontadas que sente na cabeça.

As fortes dores começaram há dois anos, mas o quadro se agravou em 2021. Os médicos disseram que era urgente a necessidade de realizar uma cirurgia renal. Na época, segundo ela, o procedimento só estaria disponível na rede pública em agosto de 2024.

Sem condições de esperar, contou com o auxílio da família. “A família – não aguentando o meu sofrimento – juntou o dinheiro: R$ 10 mil para pagar a cirurgia. Fiz a cirurgia em março, no Hospital do Coração, com médico particular”.

O corpo começou a dar rejeições. Idas a ESF (Estratégia Saúde da Família) e ao pronto-socorro se tornaram frequentes com o aumento das dores. Após diagnóstico na UBS (Unidade de Básica de Saúde) do Paineiras, descobriu que estava com Klebsiella Pneumoniae, uma bactéria rara resistente a medicamentos. Ainda segundo Edvânia, o corpo contraiu o microrganismo pelo longo tempo de espera.

A cuiabana, que reside na região há 15 anos, ficou dois dias internada na UPA do Jardim Aeroporto. Depois, mais sete dias. E o problema continua. “Continuo do mesmo jeito. Vou no médico, vou no outro. Ele fala que não posso mais tomar antibiótico por causa da bactéria. O antibiótico não responde no meu corpo, e continuo com dor”.

A mulher clama por atendimento médico adequado. “Não posso ir para o pronto-socorro tomar mais antibiótico, que não vai resolver e vai acabar me matando. Preciso de médico, de urologista. Uma pessoa que me acompanhe de verdade”.

Os problemas de saúde a impedem de trabalhar e as contas aumentam. “Não tenho onde tirar dinheiro sem trabalhar. Meu serviço está lá, para isso, preciso de saúde. Sou operadora de caixa”.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a paciente está sendo "assistida” pela rede pública, com acompanhamento do ESF do Paineiras e médico urologista, no NGA (Núcleo de Gestão Assistencial).

Edvânia seria avaliada por um urologista no NGA nesta terça-feira, 7. Depois, seguindo as orientações médicas, os encaminhamentos necessários serão realizados.

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Comentários

2 Comentários

  • Fransergio 08/11/2023
    Sou terapeuta eu posso ajudá-la, por favor quem tiver o contato dela entre em contato comigo, 1699223-8013
  • TRABALHADOR 08/11/2023
    Essa é a vergonha que tenho de FRANCA,