A Secretaria Municipal de Educação suspendeu nesta terça-feira, 22, uma escola conveniada localizada no Jardim Redentor, em Franca, que atende 20 crianças de 1 a 5 anos da rede pública de ensino. O motivo foi a suspeita sobre duas professoras da unidade, que teriam se passado por outras pessoas para poder trabalhar.

O assunto virou caso de polícia e foi registrado em boletim de ocorrência. Uma denúncia foi encaminhada à Prefeitura sobre duas profissionais que atuavam com outras identidades por não terem diploma de Pedagogia. Diante da suspeita, fiscais da Prefeitura foram à escola, que atende 20 crianças de 1 a 5 anos através do programa Mais Creches.

Uma vistoria no local descobriu a irregularidade. Uma das professoras foi questionada sobre seus dados pessoais e errou a data de nascimento informada no diploma. Diante da contradição, ela disse que só falaria com a presença da proprietária, que havia ido à Secretaria buscar as cópias dos documentos pedidos.

Quando esta retornou, a mulher de 31 anos admitiu a farsa, revelou seu verdadeiro nome e informou que havia conseguido o diploma falsificado com uma prima. “Recebemos a denúncia e fomos à escola pedir os documentos originais, pois eles tinham apenas as cópias. Enquanto a proprietária foi buscar essas cópias os fiscais perguntaram informações básicas, e a professora errou a data de nascimento” disse a secretária de Educação de Franca, Márcia Gatti, em entrevista à EPTV.

O caso foi então encaminhado à CPJ (Central de Polícia Judiciária), onde foi registrado um boletim de ocorrência de falsidade ideológica. A professora será investigada pelo 5º Distrito Policial de Franca e poderá responder também pelos crimes de uso de documento falso e exercício ilegal de profissão. Segundo a fiscal da Prefeitura disse à polícia, a diretora lhe disse que havia uma segunda professora na mesma situação irregular, porém, já havia sido demitida, mas "por outras razões".

O delegado Helder Rodrigues determinou abertura de inquérito para apuração dos fatos. A diretora da escola também poderá ser responsabilizada. Através de seu advogado, ela negou que houve prática de falsidade ideológica e que os fatos não condizem com a realidade.