BONS TEMPOS

Abandonados, tradicionais clubes associativos viram ruínas em Franca

Devolvida à Prefeitura, área onde funcionava a unidade campestre do Internacional está abandonada e depredada.

Por N. Fradique | 29/01/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação
Sampi/Franca

Dirceu Garcia/GCN

Área onde funcionava  unidade campestre do Inter está abandona, depredada e com as piscinas abertas
Área onde funcionava unidade campestre do Inter está abandona, depredada e com as piscinas abertas

Há um tempo, o programa de fim de semana era frequentar os tradicionais clubes associativos que existiam na cidade. A área das piscinas era uma das partes mais concorridas dentre as atividades que o grande número de associados tinha à disposição.

Atualmente, a maioria desses clubes não contam mais com sócios, apenas com colaboradores se limitando a sócios-dirigentes. Poucas agremiações ainda sobrevivem ao tempo, outros fecharam as portas de vez.

Quem passa pelos locais onde existiam movimentados clubes se deparam com ruínas, muito mato e o sinal claro de abandono. Isso pode ser constatado onde funcionava o Bagres Country Club. Em uma área privilegiada, às margens da rodovia Cândido Portinari, saída para Cristais Paulista, o local nem parece que no passado reunia multidão em seus eventos à beira das piscinas. A área particular, vendida para um investidor, está com as portas dos prédios e portões trancados e as piscinas não existem mais, foram aterradas.

Outra área em completo abandono, mas pública, é onde existia o Internacional Esporte Clube, unidade campestre, próxima ao Posto Paineirão, zona Norte da cidade. O contrato de comodato entre Prefeitura e clube expirou há anos.

“O clube queria permanecer com suas atividades no espaço, mas o prefeito na época não quis, pedindo a área de volta”, disse Fernando Borini, atual presidente do Inter, que mantém sua sede na Estação em atividade.

A área Inter foi devolvida à Prefeitura com toda estrutura funcionando - três piscinas, campos de futebol, salão para eventos e outras edificações. Atualmente, as piscinas estão vazias a céu aberto, a construção toda depredada, abandonada e cheia de mato.

A Associação Atlética Francana também sofre com a queda no quadro de associados há anos. Mesmo com uma área podendo ser utilizada para várias atividades, uma parte segue fechada, inclusive a área das piscinas.

Anderson Silva, ex-presidente da Francana e atual diretor financeiro, disse que os clubes associativos passam por uma mudança cultural. “Muitas pessoas que no passado não tinham opções de lazer, hoje tem muitas oportunidades de diversão e não mais clubes com piscinas. Durante minha gestão, tive a oportunidade de participar de alguns congressos referentes a este assunto. Em um dos congressos presenciei cerca de 23 clubes do interior com as mesmas dificuldades. Os investimentos para manter o clube aberto não eram suportados pela quantidade de sócios”, explica Anderson.

Na década de 1980, o clube contou com mais de 6 mil associados. “Uma solução utópica em minha visão era tornar o clube em um centro de treinamento olímpico onde poderíamos mudar de clube associativo para centro esportivo”, finalizou Anderson.

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4 COMENTÁRIOS

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  • André Buzati
    31/01/2023
    Lamentável essa situação, em São Joaquim da Barra onde moro, o clube mais tradicional da cidade passou por isso por um bom tempo, até que em 2012 uma mudança drástica na administração tornou esse clube um dos melhores da região, lotado de segunda a segunda.
  • Antony
    29/01/2023
    O nome disso é má gestão. Os dirigentes não conseguem vislumbrar o futuro e administrar com qualidade. Acreditam que se fizer um bailinho aqui outro acolá mantem o lugar. Absurdo tudo isso, Franca não tem area de lazer nenhum. Falta area verde na cidade. Planta um pomar nesses clubes, pelo menos os animais silvestres vao ter um refugio. Faz pista de caminhada. O gente sem expediente pra fazer acontecer...
  • Mirt0 Felipin
    29/01/2023
    o problema dos clubes em processo de decomposição, pelo que observei e observo, é que alguns presidentes confundiram sua função, e, convenientemente, passaram a se considerar donos do patrimônio. aí, deu no que deu e está aí. o clube Castelinho, que há anos, perdeu sua sede no centro da Cidade, é um sobrevivente, mas é bom que os sócios, principalmente patrimoniais, estejam sempre atentos.
  • Sah
    29/01/2023
    A cidade precisa de parques e áreas verdes, uma equipe de reabilitação poderia fazer muito