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NOSSAS LETRAS
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Ensine sua filha a empreender
Ensine sua filha a empreender
A luta pela autonomia feminina vem permeando diversas culturas através dos tempos. Leia o artigo de Adriana Ventura.
A luta pela autonomia feminina vem permeando diversas culturas através dos tempos. Leia o artigo de Adriana Ventura.
Por Adriana Ventura | 17/09/2022 | Tempo de leitura: 4 min
especial para o GCN
Por Adriana Ventura
especial para o GCN
17/09/2022 - Tempo de leitura: 4 min

A luta pela autonomia feminina vem permeando diversas culturas através dos tempos. É o que une mulheres tão extemporâneas como coletoras de alimentos da pré-história e as mulheres de Atenas; é o que conecta a rainha egípcia Cleópatra, à heroína francesa Joana D'arc e à ativista paquistanesa Malala. Todas essas mulheres, à sua maneira, lutaram pelo direito à autonomia, ao pertencimento, à existência como sujeito, enfim, à cidadania plena. E o caminho para essa autonomia e cidadania plena passa necessariamente pela independência - leia-se: a não dependência financeira.
A escritora Virginia Woolf, no livro Um quarto todo seu, de 1929, já explicava que não há existência livre sem independência financeira. E isso só começou a acontecer de fato na cultura ocidental quando as mulheres começaram a ocupar as lacunas deixadas pelos homens que partiam para as guerras. A partir daí, elas demonstraram ter capacidade igual para execução das tarefas nas fábricas, no campo, nos escritórios e à frente dos negócios.
A independência econômica, adquirida pela entrada no mercado de trabalho, deu às mulheres a possibilidade de terem um quarto todo seu, um espaço todo seu, um dinheiro todo seu e uma vontade toda sua. Portanto, a independência econômica se fez fundamental para o atingimento da liberdade.
Por isso, eu digo: quer que sua filha seja livre e tenha autonomia? Ensine-a a empreender. Se sua filha souber empreender, garantirá a sua subsistência - premissa para a sua liberdade.
Quando falamos de empreendedorismo, falamos de protagonismo, de autossuficiência. Empreender é a antítese da estagnação: é sair da plateia, da acomodação, e assumir a direção da vida, ir para a ação. É persistir, querer crescer, progredir.
O primeiro motor do empreendedorismo feminino está relacionado à busca pela sobrevivência - uma produção destinada a prover. Na crise social e econômica que atravessamos no Brasil atualmente, com milhões de desempregados, o que podemos observar? A brasileira empreendendo. A mais recente pesquisa da GEM (Global Entrepreneurship Monitor), divulgada em parceria com o Sebrae no começo deste ano, mostra que o Brasil tem 43 milhões de empreendedores - e quase metade deste número é composto por mulheres!
A pesquisa "Empreendedoras e Seus Negócios", realizada pela Rede Mulher Empreendedora, revela ainda que 55% das empreendedoras brasileiras são mães - e destas 75% resolveram empreender após a maternidade. Ser dona do próprio negócio garante a elas, a nós, uma flexibilidade e gestão da própria jornada de trabalho, permitindo um acompanhamento mais direto de outros aspectos da vida como cuidado de filhos, pais e casa.
A chamada "dupla jornada" rende às mulheres, em média 3,1 horas a mais de trabalho do que a dos homens, por semana, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Já o estudo "Women, business and law", do Banco Mundial (2019), mapeou o progresso das leis que beneficiaram as mulheres em 131 economias. E mostrou como o mundo das mulheres mudou radicalmente nos últimos cem anos! Incluídos aí direitos "simples" como o à herança ou a liberdade de ir e vir até o acesso ao trabalho sem pedir permissão ao marido ou ao pai. Mas também - e principalmente - o direito de criar o próprio negócio e empreender.
Se a sua filha souber empreender, garantirá não apenas a sua subsistência, mas também enxergará na sua trajetória diversas oportunidades. Um dos principais eixos do empreendedorismo, aliás, é a busca pela inovação. E a antecipação de tendências. Empreender é ter capacidade de transformar a realidade, gerar algo novo.
Atenção: o espírito empreendedor não se aplica apenas para abrir um negócio. Vai além. A atriz e ativista francesa Olympe de Gouges que, em 1791, escreveu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, em resposta à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, marco da Revolução Francesa, foi empreendedora. A cientista Marie Curie que, nos anos 1900, ganhou dois prêmios Nobel em uma época na qual o acesso à educação ainda era barrado a mulheres em diversos lugares do mundo, foi empreendedora. A arqueóloga Niède Guidon, que criou e protegeu o Parque Nacional da Serra da Capivara, é empreendedora.
A matemática inglesa Ada Lovelace, considerada a primeira programadora, foi empreendedora. De Eleanor Roosevelt à Rainha Victoria, de Chiquinha Gonzaga a Madonna ou Beyoncé, de Frida Kahlo à Coco Chanel, de Anita Garibaldi à Anita Malfatti: todas são movidas pelo empreendedorismo. Todas são inovadoras.
Empreender é poder. Ensine sua filha a ser empreendedora e a ensinará, de forma complementar e automática, a ser resiliente. Afinal, empreender também é aceitar o risco, entender que existe a possibilidade do sucesso e também a do fracasso. É ir para a ação, dar a cara a tapa, levar um tombo, reconhecer a queda e ter forças para se levantar. Aceitar o fracasso e aprender com ele é uma característica da alma empreendedora. É o erro da última tentativa que nos leva a fazer melhor na próxima vez. Ensine sua filha a empreender e ela será forte.
Ensine sua filha a empreender e você a preparará para a vida. Ensine sua filha a empreender e ela será protagonista. Ensine sua filha a empreender e ela será livre.
A luta pela autonomia feminina vem permeando diversas culturas através dos tempos. É o que une mulheres tão extemporâneas como coletoras de alimentos da pré-história e as mulheres de Atenas; é o que conecta a rainha egípcia Cleópatra, à heroína francesa Joana D'arc e à ativista paquistanesa Malala. Todas essas mulheres, à sua maneira, lutaram pelo direito à autonomia, ao pertencimento, à existência como sujeito, enfim, à cidadania plena. E o caminho para essa autonomia e cidadania plena passa necessariamente pela independência - leia-se: a não dependência financeira.
A escritora Virginia Woolf, no livro Um quarto todo seu, de 1929, já explicava que não há existência livre sem independência financeira. E isso só começou a acontecer de fato na cultura ocidental quando as mulheres começaram a ocupar as lacunas deixadas pelos homens que partiam para as guerras. A partir daí, elas demonstraram ter capacidade igual para execução das tarefas nas fábricas, no campo, nos escritórios e à frente dos negócios.
A independência econômica, adquirida pela entrada no mercado de trabalho, deu às mulheres a possibilidade de terem um quarto todo seu, um espaço todo seu, um dinheiro todo seu e uma vontade toda sua. Portanto, a independência econômica se fez fundamental para o atingimento da liberdade.
Por isso, eu digo: quer que sua filha seja livre e tenha autonomia? Ensine-a a empreender. Se sua filha souber empreender, garantirá a sua subsistência - premissa para a sua liberdade.
Quando falamos de empreendedorismo, falamos de protagonismo, de autossuficiência. Empreender é a antítese da estagnação: é sair da plateia, da acomodação, e assumir a direção da vida, ir para a ação. É persistir, querer crescer, progredir.
O primeiro motor do empreendedorismo feminino está relacionado à busca pela sobrevivência - uma produção destinada a prover. Na crise social e econômica que atravessamos no Brasil atualmente, com milhões de desempregados, o que podemos observar? A brasileira empreendendo. A mais recente pesquisa da GEM (Global Entrepreneurship Monitor), divulgada em parceria com o Sebrae no começo deste ano, mostra que o Brasil tem 43 milhões de empreendedores - e quase metade deste número é composto por mulheres!
A pesquisa "Empreendedoras e Seus Negócios", realizada pela Rede Mulher Empreendedora, revela ainda que 55% das empreendedoras brasileiras são mães - e destas 75% resolveram empreender após a maternidade. Ser dona do próprio negócio garante a elas, a nós, uma flexibilidade e gestão da própria jornada de trabalho, permitindo um acompanhamento mais direto de outros aspectos da vida como cuidado de filhos, pais e casa.
A chamada "dupla jornada" rende às mulheres, em média 3,1 horas a mais de trabalho do que a dos homens, por semana, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Já o estudo "Women, business and law", do Banco Mundial (2019), mapeou o progresso das leis que beneficiaram as mulheres em 131 economias. E mostrou como o mundo das mulheres mudou radicalmente nos últimos cem anos! Incluídos aí direitos "simples" como o à herança ou a liberdade de ir e vir até o acesso ao trabalho sem pedir permissão ao marido ou ao pai. Mas também - e principalmente - o direito de criar o próprio negócio e empreender.
Se a sua filha souber empreender, garantirá não apenas a sua subsistência, mas também enxergará na sua trajetória diversas oportunidades. Um dos principais eixos do empreendedorismo, aliás, é a busca pela inovação. E a antecipação de tendências. Empreender é ter capacidade de transformar a realidade, gerar algo novo.
Atenção: o espírito empreendedor não se aplica apenas para abrir um negócio. Vai além. A atriz e ativista francesa Olympe de Gouges que, em 1791, escreveu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, em resposta à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, marco da Revolução Francesa, foi empreendedora. A cientista Marie Curie que, nos anos 1900, ganhou dois prêmios Nobel em uma época na qual o acesso à educação ainda era barrado a mulheres em diversos lugares do mundo, foi empreendedora. A arqueóloga Niède Guidon, que criou e protegeu o Parque Nacional da Serra da Capivara, é empreendedora.
A matemática inglesa Ada Lovelace, considerada a primeira programadora, foi empreendedora. De Eleanor Roosevelt à Rainha Victoria, de Chiquinha Gonzaga a Madonna ou Beyoncé, de Frida Kahlo à Coco Chanel, de Anita Garibaldi à Anita Malfatti: todas são movidas pelo empreendedorismo. Todas são inovadoras.
Empreender é poder. Ensine sua filha a ser empreendedora e a ensinará, de forma complementar e automática, a ser resiliente. Afinal, empreender também é aceitar o risco, entender que existe a possibilidade do sucesso e também a do fracasso. É ir para a ação, dar a cara a tapa, levar um tombo, reconhecer a queda e ter forças para se levantar. Aceitar o fracasso e aprender com ele é uma característica da alma empreendedora. É o erro da última tentativa que nos leva a fazer melhor na próxima vez. Ensine sua filha a empreender e ela será forte.
Ensine sua filha a empreender e você a preparará para a vida. Ensine sua filha a empreender e ela será protagonista. Ensine sua filha a empreender e ela será livre.
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