Desde o domingo, 28, a idosa Rita Cássia de Freitas, de 85 anos, aguarda por transferência para um hospital público de Franca ou região. Durante o fim de semana, ela apresentou alteração no pâncreas e foi levada pela família à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Aeroporto, onde aguarda por transferência pela Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde).

A longa espera pela internação tem deixado a família da idosa desesperada. A filha Silvana Freitas se diz indignada e faz uma série de questionamentos ao serviço público. “Me sinto impotente, impaciente, indignada. Mas o principal nem é isso. O que será feito para normalizar essa situação? Qual medida está sendo tomada? Por que isso está acontecendo em Franca?”.

De acordo com Silvana, desde que Rita deu entrada, a resposta da equipe de enfermagem da UPA do Aeroporto é a mesma: “dizem que estão aguardando liberar leitos na Santa Casa”.

No último boletim de taxa de ocupação divulgado pela Santa Casa de Franca, na segunda-feira, 29, dos 280 leitos SUS, 99% estavam ocupados.

Apesar da espera e indignação, Silvana conta que sua mãe está sendo bem cuidada na UPA do Aeroporto, mas sabe que precisa da internação para dar sequência ao tratamento. “O atendimento aqui está sendo maravilhoso, não tenho nada do que reclamar”.

Outros aguardam vaga
A situação vivida por Rita Cássia não é única em Franca. Há meses, o município vem sofrendo com a falta de leitos e, de acordo com a Prefeitura, 25 pessoas estão reguladas na Cross, enquanto aguardam por transferência.