RELIGIÃO

Acreditar Sem Prova

Hoje celebramos o segundo domingo da Páscoa. A célebre figura de Tomé ilumina os ensinamentos da Palavra de Deus. Leia o artigo do monsenhor José Geraldo Segantin.

Por Mons. José Geraldo Segantin | 24/04/2022 | Tempo de leitura: 2 min
especial para o GCN

Hoje celebramos o segundo domingo da Páscoa. A célebre figura de Tomé ilumina os ensinamentos da Palavra de Deus. É chamado o Domingo da Divina Misericórdia.

Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 5.
A leitura descreve a vida da primeira comunidade cristã de Jerusalém.

Antes de tudo, ela era uma comunidade viva.

A segunda característica dos primeiros cristãos: eram pessoas estimadas, o povo lhes tributava grandes louvores.

A terceira característica é a forte atração que a comunidade primitiva exercia sobre todos.

O que é que estimulava tantas pessoas a tornarem-se discípulas de Cristo?

A multidão acorria, trazendo os doentes e os atormentados por espíritos imundos e todos eles eram curados.

Segunda Leitura: Apocalípse 1.
A leitura nos apresenta a visão com a qual se abre o livro do Apocalipse.

João vê alguém semelhante a um filho do homem no meio de sete candelabros, vestindo longa túnica branca até aos pés, cingido com um cinto de ouro.

O Filho do Homem é o Senhor ressuscitado.

O sentido desta cena grandiosa é o seguinte: o Senhor ressuscitado e não o imperador, é o centro da adoração de todas as comunidades cristãs. É Ele o rei que o conduz e governa com a sua palavra; é Ele o sacerdote que, dando a própria vida, oferece o único sacrifício agradável a Deus.   

Evangelho: João 20.
A passagem do Evangelho de hoje está claramente dividida em duas partes que correspondem às aparições do Ressuscitado. Na primeira, Jesus comunica aos discípulos o seu Espírito e com ele lhes dá o poder de vencer as forças do mal. Na segunda, é relatado o famoso episódio de Tomé.

Vamos começar com o episódio de Tomé.

João narra o episódio de Tomé. Escolhe este apóstolo como símbolo das dificuldades que todos os discípulos encontram para conseguir acreditar na ressurreição de Jesus. Por que escolheu este apóstolo? Quem sabe talvez porque foi mais difícil para ele ou porque demorou mais tempo do que os outros para chegar à fé.

O que João quer dizer aos cristãos das suas comunidades (e a nós também) é o seguinte: o Ressuscitado tem uma vida que não pode ser apalpada com as mãos e nem vista com os olhos. Só pode ser objeto da fé. Isto também vale para os apóstolos, embora tenham tido uma experiência única do Ressuscitado.

O caminho que todos os discípulos são chamados a percorrer é apresentado por João no final do trecho de hoje: “Jesus fez ainda muitos milagres na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, e para que, acreditando, tenhais a vida”.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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