OPINIÃO

Prazeres

Leia o artigo de Lúcia Brigagão.

Por Lúcia Brigagão | 09/04/2022 | Tempo de leitura: 2 min
especial para o GCN

“Ter prazer, afinal, é o mesmo que estar satisfeito com os prazeres que a vida oferece”, disse a heroína do romance...  Envolve hormônios: dopamina, endofirna, ocitoxina e serotonina, que não sei o que significam, onde são secretados, nem qual a interdependência que apresentam, muito menos se devem ser concomitantes, ou não. Mas, dizem, são importantíssimos no resultado final, que deve ser o prazer... Afirma-se que leveza e prazer andam juntos e pesquisei até conseguir bela relação de coisas que causam prazer, na minha própria opinião, na de técnicos e palpiteiros. Dá prazer, segundo minha pesquisa e experiência:

  • Barulho de folha seca, quando a gente pisa nelas. 
  • Pisar em bolinhas caídas de árvore.
  • Roupa limpa no corpo, depois do banho. 
  • Barulho de água enchendo a banheira. 
  • O friozinho do sorvete na língua. 
  • Sentir e distinguir sabores – doce, azedo, salgado, amargo e umami (um dos cinco sabores básicos, foi identificado em 1907 por cientista japonês, enquanto saboreava uma tigela de tofu fervido em kombu dashi - caldo feito de uma espécie de alga marinha. O Dr. Kikunae Ikeda se convenceu de que havia outro sabor básico totalmente diferente de doce, salgado, azedo e amargo. E já estão falando em kokumi, outra sensação de gosto...
  • Vento fresco, no corpo, quando está fazendo calor. 
  • Subir num lugar alto e olhar para trás. 
  • Mel na boca.
  • Cheiro de loja de perfumaria. 
  • Bolsa de água quente na cama fria. 
  • Som de risada de criança. 
  • Algo interior que a gente sente quando canta. 
  • Ganhar flores. 
  • Sorriso espontâneo de criança. 
  • Ouvir música que traz recordação.
  • O barulho ouvido ao longe de cachoeira.
  • O mesmo barulho quando se chega perto dela.
  • Abraçar quem se gosta – o abraço é capaz de blindar o organismo contra o estresse, a ansiedade, a depressão e até infecções, dizem.
  • Dar risada – “rir é melhor remédio”. Fala-se até de tratamento com óxido nitroso – o gás do riso – no tratamento contra a depressão. 
  • Ir ao banheiro todos os dias. Bem, afirma-se que há neurônios no intestino, mas a melhor explicação me foi dada por antigo (e querido) professor de português ao explicar à classe o que significava, literalmente, o adjetivo enfezado. 
  • Conviver com amigos.
  • Fazer refeições leves.
  • Tomar Sol.
  • Praticar atividades físicas.
  • Ter bom humor – antídoto para o stress. 
  • Fazer sexo: para proteção cardiovascular, remédio contra a dor. Evidente melhora da autoestima e remédio contra a insônia. 
  • Concluir tarefas – de limpar a casa a equacionar problema de física quântica.
  • Olhar a Lua nascendo atrás da montanha.
  • Acompanhar o pôr-do-sol à beira-mar. 
  • A sensação de ter descoberto algo incrível, que ninguém mais tinha percebido.
  • Respirar fundo depois de ter perdido o fôlego.
  • Respirar aliviado ao concluir tarefa dificultosa.
  • Respirar profundamente, ao descobrir o resultado de qualquer equação, de qualquer natureza, inexecutável à primeira vista.
  • Respirar profundamente quando a porta se fecha atrás da visita maçante.
  • Respirar profundamente.
  • Respirar e perceber-se vivo e saudável. 
  • Sentir amor por alguém.
  • Perceber-se amado. 
  • Fechar os olhos e ouvir o som do silêncio no alto da montanha. 
  • Sentir a presença do ser amado. 
  • Sentir-se vivo. 

Lúcia Helena Maniglia Brigagão é publicitária e escritora.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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