RELIGIÃO

Perdão e Misericórdia

O quinto domingo da Quaresma nos apresenta o coração misericordioso de Deus que quer, a todo custo, salvar as pessoas que erram. Leia o artigo do monsenhor José Geraldo Segantin.

Por Mons. José Geraldo Segantin | 03/04/2022 | Tempo de leitura: 2 min
especial para o GCN

O quinto domingo da Quaresma nos apresenta o coração misericordioso de Deus que quer, a todo custo, salvar as pessoas que erram.  Meditemos a Palavra de Deus.

Primeira Leitura: Is 43.
Nós todos passamos por momentos de crise.

Também em nível pessoal enfrentamos às vezes situações aparentemente desesperadoras.

A resposta de Deus nos é dada na leitura de hoje. Deixai de recordar o passado, lembra Deus, deixai de remoer as coisas antigas, como se eu não pudesse repeti-las! Prestai atenção! Não estais vendo? Estou para realizar uma obra muito mais extraordinária do que a de antigamente.

Ele não agiu somente no passado, Ele continua agora manifestando o seu amor, realizando obras extraordinárias.

Segunda Leitura: Fl 3.
É difícil romper com o passado de uma hora para outra. Imaginemos como é difícil renunciar ao modo de pensar que assimilamos desde a infância, segundo o qual consideramos lógico, normal e certo, acumular bens materiais e administrá-los sem remorsos, buscar vantagens para si mesmos, competir com os outros em vez de servi-los, guardar rancor pelas desfeitas recebidas, gozar a vida sem qualquer preocupação pelas necessidades dos demais. Contudo, estas atitudes não são compatíveis com a nova vida que Cristo pediu aos seus discípulos.

Evangelho Jo.
A lei punia o adultério com a morte. Na prática, porém, os juízes não eram tão severos: sempre encontravam alguma justificativa e não condenava à pena capital.

Algum membro da Cruzada dos Bons Costumes deve ter feito a sugestão: e se levássemos esta pecadora para aquele mestre galileu.

Encontraram-no no pátio do Templo.

Arrastaram a mulher no meio da multidão e com olhares cheios de segundas intenções, lhe perguntaram: “Mestre, a lei manda apedrejar mulheres como esta: tu, o que dizes?”

Jesus não respondeu. Inclinou-se e começou a rabiscar no chão.

O pecado é um mal muito grave que infelicita e destrói a vida de quem o pratica. Jesus não diz à mulher: “vai em paz, fizeste bem em trair teu marido, continua fazendo assim!”, mas lhe disse: “para com isso, não peques mais, para não estragar a tua vida por um instante de prazer!”

Ninguém detesta o pecado mais do que Jesus, porque ninguém ama o homem mais do que Ele. Entretanto não condena a pessoa que errou, para não acrescentar mais males aos que o pecador já cometeu.

Jesus não diz à pecadora: “esta vez não te condeno”, mas lhe diz: “eu não te condeno”, nem hoje, nem amanhã e nem nunca. A única coisa que Ele deseja é a salvação de quem errou.

Quer que abandone a sua condição miseranda; por isso não tolera a quem quer que seja que atire pedras contra aquele que, com muito custo, procura aguentar-se nas próprias pernas.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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