RELIGIÃO

O Amor do Pai

O quarto domingo da quaresma é conhecido também como domingo da alegria. Leia o artigo do monsenhor José Geraldo Segantin.

Por Mons. José Geraldo Segantin | 27/03/2022 | Tempo de leitura: 2 min
especial para o GCN

O quarto domingo da quaresma é conhecido também como domingo da alegria porque nesse domingo vislumbramos a Páscoa do Senhor na liturgia da Palavra, através do tema da reconciliação.

Primeira Leitura: Josué 5.
Antes de abandonar o Egito, os israelitas celebraram uma grande festa, a Páscoa. Guiados por Moisés e protegidos pelo Senhor, atravessam o mar Vermelho e penetram no deserto onde permanecem durante longos quarenta anos.

A leitura de hoje é a conclusão desta longa viagem. Finalmente estão livres e podem tomar posse de uma terra fértil. A cada família será destinado um pedaço de terra para cultivar. Deus foi fiel às promessas feitas a Abraão. Para manifestar a própria alegria e a própria gratidão, os israelitas decidem então celebrar novamente a festa da Páscoa, como tinham feito seus pais na noite da saída do Egito.

Segunda Leitura: IIª Carta aos Coríntios 5.
O tema desta passagem é a “reconciliação”.

A reconciliação com Deus não é resultado da boa vontade e dos esforços do homem, mas é obra de Deus. É ele que toma a iniciativa de restabelecer a paz.

Como acontece esta reconciliação? Ela não se realiza mediante ritos de purificação ou práticas ascéticas, mas através da palavra do apóstolo que é enviado a anunciar aquilo que Deus fez pelo homem. Este deve só permitir que a sua mente e o seu coração se abram para o dom que lhe é oferecido.

Evangelho: Lucas 15.
Estamos agora diante da mais sublime de todas as parábolas do Evangelho!

Esta é conhecida como a parábola do “filho pródigo”.

Jesus, contudo, não a contou para convencê-los a mudar de vida.

O filho mais jovem, certo dia, decide abandonar a família e tem pressa.

O pai não impede a partida, não fala uma palavra sequer. Esta sua atitude mostra o respeito de Deus pela liberdade do homem.

Longe da casa do pai, o filho mais jovem não encontra a felicidade que esperava.

A experiência do “desencanto” é providencial, pois permite recuperar a consciência de si mesmo.

O jovem não está preocupado com o sofrimento causado ao pai, mas com a fome que está passando.

A atitude de Jesus revela quais são os sentimentos de Deus: ele não ama só os justos e os pecadores arrependidos; ama a todos, sempre e sem condições.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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