RELIGIÃO

'Dar a vida'

Todo encontro autêntico com Deus deixa marcas visíveis no rosto do homem. Leia o artigo do Monsenhor José Geraldo Segantin.

Por Mons. José Geraldo Segantin | 13/03/2022 | Tempo de leitura: 2 min
especial para o GCN

Estamos vivendo o segundo domingo da Quaresma.

Primeira Leitura: Gênesis 15
O texto apresenta a figura de Abraão, o homem que confiou em Deus e que, por causa desta sua fé, recebeu a promessa de uma terra e de uma numerosa descendência.

Segunda Leitura: Filipenses 3
A segunda leitura nos ensina a enfrentar a morte junto com Cristo. O trecho da Palavra de Deus nos convida a fazer morrer dentro de nós o egoísmo.

Evangelho: Lucas 9
São Lucas é o único que revela o motivo da ida de Jesus à montanha: ele vai lá para orar. Em toda a sua vida ele dedica muito tempo à oração.

É durante um destes períodos espiritualmente intensos que Jesus, com clareza, toma consciência de que foi escolhido para salvar os homens, não pela vitória, mas pela derrota.

Durante a oração o rosto de Jesus muda de aspecto. Este esplendor é o sinal da glória que envolve a pessoa que está unida com Deus.

Todo encontro autêntico com Deus deixa marcas visíveis no rosto do homem.

Durante esta experiência espiritual de Jesus, aparecem dois personagens: Moisés e Elias. Eles simbolizam a Lei e os Profetas, isto é, todo o Antigo Testamento.

E os três discípulos, Pedro, Tiago e João, o que entendem de tudo o que está acontecendo quando se trata de problemas relacionados com a paixão e morte de Jesus, estes três discípulos sempre são dominados pelo sono.

Isso também tem um significado simbólico. Indica que eles não estão entendendo o que está se passando com Jesus.

As três tendas com desejo que Pedro tem de parar para perpetuar a alegria experimentada num momento de intensa oração na companhia do Mestre.

Depois de termos descoberto na oração o caminho que devemos percorrer, temos de iniciar a caminhada em companhia de Jesus, que sobe para Jerusalém para doar a própria vida.

As nuvens, especialmente quando baixam no cume de um monte, na linguagem bíblica, indica a presença de Deus. Os três discípulos foram introduzidos no mundo de Deus e desse modo puderam entrever o caminho de sofrimento que se apresenta ao Mestre.

Desta nuvem sai uma voz; e a interpretação de Deus sobre e tudo o que aconteceu.

Quem quer agradar a Deus é convidado a seguir suas pegadas.

No fim da passagem, Jesus fica sozinho.

O que quer isto dizer?

A palavra de Cristo agora é suficiente para o homem.

Nós, hoje, saindo das nossas igrejas, podemos, ao invés, anunciar tudo o que a fé nos permitiu descobrir: quem doa a própria vida por amor, entra na glória de Deus.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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