OPINIÃO

Final de ano!

Os atos praticados demonstram-nos que só os interesses negociais e pessoais prevalecem, mesmo que para isso coloquem todos os cidadãos em risco no globo terrestre.

Por Toninho Menezes | 31/12/2021 | Tempo de leitura: 3 min
especial para GCN

Aproxima-se mais um final de ano e nós cidadãos, como em anos anteriores, não conseguimos entender o mundo, visto que a “guerra de informações” não dá margem para que o ser humano, de capacidade média, consiga entender o que realmente está acontecendo, o que é verdade ou mentira, visto que a nova arma de guerra não está nos armamentos bélicos, mas sim no poder de manipulação das informações que diariamente recebemos.

Aprendi com os anos de pesquisa que, uma instituição pública, empresa privada e comunidade não existem sem as pessoas que as compõem. Em razão disso para analisá-las, necessário se faz verificar o currículo, a ética, a “ficha” de seus diretores, funcionários, clientes etc. Em síntese, devemos sempre verificar o caráter da natureza humana que se encontra no comando daquela instituição ou empresa que queremos conhecer, das quais recebemos informações, pois são exatamente tais pessoas que possuem o poder da tomada de decisões e a empresa, por sua vez, terá a mesma linha de pensamento e modo de agir da conduta pessoal de quem as comanda.

O ano de 2021 que se finda, ratificou o que sempre pregamos, ou seja, que devemos formar nossas próprias convicções. Nós cidadãos do Planeta Terra, tivemos belas teorias políticas, filosóficas, cientificas etc., que, porém analisando as atitudes para com o relacionamento humano no ano que se finda, verificamos que na realidade o agir de autoridades e empresários inseridos no “ramo da pandemia”, se encontram muito distinto das “belas teorias” da ética e da moral em prol da vida em sociedade e da defesa do ser humano pregadas, realizando exatamente o oposto diante de uma situação ainda muito confusa e conturbada.

Os atos praticados demonstram-nos que só os interesses negociais e pessoais prevalecem, mesmo que para isso coloquem todos os cidadãos em risco no globo terrestre.

Se nossos “pseudos líderes” agissem de forma ética e moral, viveríamos num mundo sem corrupção, sem injustiça e sem violência, todos os atos seriam em prol dos cidadãos. Políticos sempre cumpririam “seus deveres” e suas promessas. As empresas colocariam o interesse do cliente em primeiro lugar, à frente dos interesses comerciais e do lucro. Por sua vez, o cidadão comum jamais agiria com falsidade, egoísmo, brutalidade, deslealdade etc.

Muitas vezes chegamos a pensar que a ignorância parece uma benção. Visto que quando não vemos o problema logo imaginamos que não precisamos lidar com a sua resolução. Porém, não é assim, pois não compreender como as coisas e os interesses funcionam no nosso mundo, sempre nos coloca em uma situação de vítima. Na realidade temos que lutar para que toda a sociedade, desde os primeiros anos escolares, entenda como funciona o Estado, o que pode fazer ou não, quais são suas limitações legais, como funciona o nosso país que hoje possui um regime constitucional parlamentarista, dentro de um presidencialismo. Coisas que não se conectam, pois os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) sempre estarão em choque, facilitando a usurpação de um poder pelo outro.

Dessa forma, acreditamos que todos os seres humanos dentre todas as suas posses deveria estimar e se orgulhar em primeiro lugar da posse do seu conhecimento, pois é através do conhecimento adquirido que poderá efetivamente analisar friamente, sem serem manipulados, as ações praticadas na atualidade por todos os membros da sociedade. Além de conseguir por si só analisar a verdadeira história e as ações praticadas em casos semelhantes.

Enfim, terminamos mais um ano com a esperança de que sempre devemos buscar o melhor para todos nós e não só para si, pois vivemos em sociedade e o mundo precisa mudar sua forma de agir e pensar.

E que no ano que se inicia Deus nos ilumine e guarde. Feliz Ano Novo a todos!

Toninho Menezes é professor universitário e mestre em Direito Público

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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