Deus não desanima

A conversão envolve uma mudança radical no próprio modo de pensar. Além disso é preciso crer. A fé consiste na adesão corajosa e incondicional à sua proposta de vida.

Por Mons. José Geraldo Segantin | 24/01/2021 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para o GCN

As vezes pensamos que Deus se cansa de nós convidar a viver de modo diferente, ao perceber que não queremos ser renovados.

            A Palavra, neste domingo, nos ensina como Deus age nessas horas.

            Primeira Leitura: Jonas 3.

            A história de Jonas foi escrita aproximadamente quatrocentos e cinquenta anos antes de Cristo, na época difícil de reconstrução nacional, depois da volta dos exilados da Babilônia.

            Na época em que escreve, Nínive já está reduzida a um montão de escombros há quase duzentos anos.

            Os israelitas a odeiam, torcem com impaciência por sua destruição e se perguntam como poderão apressar o dia da vingança.

            Há uma única maneira, pensam eles, de convencer a Deus para intervir o mais depressa possível contra esses inimigos arrogantes e zombeteiros: fazer com que se tornem sempre mais malvados.

            Jonas representa os israelitas que nem sequer querem ouvir falar da conversão dos pagãos.

            Quando é chamado pelo Senhor, o profeta não responde uma só palavra.

            Diante da teimosia do seu enviado, Deus não desanima. Jonas é jogado ao mar, um enorme peixe o engole e o reconduz à praia. Estando ali, lhe é dirigido o convite do Senhor: “Levante-te, vai para Nínive, a grande cidade e anuncia aos seus habitantes aquilo que eu te disser”.

            Qual a mensagem que esta narrativa nos transmite hoje?

            Na leitura de hoje Deus ensina que não existem inimigos a serem derrotados, mas irmãos que devem ser convertidos e ajudados para conseguirem a felicidade.

            Segunda leitura: 1º Coríntios 7.

            O tempo é breve, quem tem mulher viva como se não a tivesse, quem compra como se não possuísse, quem usa dos bens materiais, como se não os usasse. Esta é, em síntese, a mensagem que nos é transmitida nesta leitura. Parece um chamado urgente ao desprezo dos bens materiais.

             Não é isso, porém, o que Paulo pretende recomendar. Ele quer somente que os cristãos saibam atribuir o justo valor às realidades terrestres: são importantes, é verdade, mas não são eternas.

            Evangelho Marcos 1.

            O trecho de hoje começa com uma breve introdução em que entra em cena Jesus que percorre os povoados perdidos nas montanhas da Galileia, anunciando o Evangelho de Deus.

            Jesus anuncia o “evangelho”. Hoje nós usamos esse termo para indicar um livro, mas no tempo de Jesus “evangelho” era uma palavra de uso comum e queria dizer “boa noticia”. Eram conhecidos como “evangelhos” todos os anúncios felizes.

            No começo do seu livro Marcos apresenta Jesus  como o arauto, o mensageiro encarregado para proclamar a todos os homens uma notícia tão extraordinária, tão surpreendente, capaz de despertar em todos os ouvintes um júbilo imenso.

            Há duas condições indispensáveis para sentir essa alegria: é preciso “converter-se e acreditar”.

            A conversão envolve uma mudança radical no próprio modo de pensar.

            Além disso é preciso crer. A fé consiste na adesão corajosa e incondicional à sua proposta de vida.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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