Dia da Mulher

Amanhã, dia 8/03/2020, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, que historicamente relembra a luta das operárias

07/03/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Amanhã, dia 8/03/2020, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, que historicamente relembra a luta das operárias têxteis de New York e das mulheres russas que lutavam por paz, pão e terra, no início do século XX. O pensamento da época resumia que “a mulher existia especialmente para agradar ao homem”. Sua missão na vida: “fazer grandes homens”.

O comportamento feminino era controlado por manuais de etiqueta que indicavam que rir, falar alto, usar gírias, balançar os braços ao caminhar, cruzar as pernas ao sentar-se, não eram boas maneiras.

Nesta época a mulher era considerada bastante instruída quando sabia ler corretamente suas orações e escrever receitas de bolinhos e outros quitutes; mais que isso era desnecessário e perigoso para o lar.

Até os meados do século XX, a mulher tinha um papel inferior, não participava da vida política, estava sujeita à tutela do pai, do irmão e depois do marido. A vida da mulher era marcada pelo “não”. Quando mulher e homem se casavam, tornavam-se um, e este um era o homem.

Bertha Lutz, bióloga paulista, liderou em 1918 movimento para a conquista do voto, influenciando milhares de brasileiras. As pressões surtiram efeito e, em 1933, o presidente Getúlio Vargas concedeu o direito do voto, que foi garantido pela Constituição de 1934. A mulher só pode votar pela primeira vez em 1945, com a queda da ditadura.

A partir daí a mulher passou a usar calças compridas. Podia se matricular em cursos superiores sem necessitar de autorização por escrito de pai ou marido. Também não precisavam mais de autorização para ser contratada no emprego, para comprar e vender imóvel, para dar queixa em delegacia etc. A justiça não aceita mais “legitima defesa da honra” para inocentar homens que matam a mulher por ciúmes. Aliás, em 1981, o assassinato praticado pelo cantor Lindomar Castilho contra sua ex-mulher, Eliane de Gramont, foi um divisor de águas.

As conquistas das mulheres foram grandes, muitas atitudes discriminatórias foram superadas, mas, as reivindicações não terminaram. Há muitas questões ainda não solucionadas, dentre outros, principalmente a violência contra a mulher.

Enfim, nesta data as conquistas merecem ser festejadas. Aproveitamos a oportunidade para parabenizar todas as mulheres e peço licença para felicitar uma em especial, a minha esposa Rosamelia, amiga, companheira e conselheira de todos os momentos.

 

Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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