EVOLUÇÃO

Regina Di Franca

O olhar da artista vem evoluindo para formas reveladoras e motivadoras que parecem se situar naquele espaço da alma

19/10/2019 | Tempo de leitura: 3 min

Regina Di Franca
Regina Di Franca

Nascida em Restinga, mas moradora de Franca desde o primeiro ano de vida, Regina Célia Baldochi de Oliveira leva o nome de Franca na sua assinatura de artista plástica e “o bairro da Estação no coração”. Residente na Vila Nova, onde teve endereço na rua Joaquim Zeferino até se casar, mudou-se depois para São Paulo e ali começou sua vida de pintora. A semente já estava no seu âmago “e só faltava aflorar”, conta ela entre uma viagem e outra ao estabelecimento comercial de que é proprietária, a locadora de video Gramophone, que agora muda de endereço - sai do Centro para a Estação.

Acompanhando sua arte, é nítido perceber como ela evolui no sentido de se afastar dos contornos buscando retratar emoções naqueles espaços da alma onde as coisas e os sentimentos ainda procuram um nome.

Regina di Franca, qual é sua formação?
Regina- Cursei a Faculdade de Belas Artes de São Paulo- Febasp, atualmente Pinacoteca do Estado. Para complementar minha formação, participei de inúmeros cursos com mestres da pintura e desenho. Entre eles, Rios Pinto, Julian Ortigosa, Traboulsi e Mariinha.

Já expôs suas obras em salões? Quando?
Regina- Participei de diversos salões no Estado de São Paulo; fiz exposições individuais e outras conjuntas com Rios Pinto no Pavilhão do Anhembi; no Salão dos Engenheiros, no qual Pietro Maria Bardi foi jurado; e no 50° e 51° Salão de Belas Artes, entre tantos. Em Franca, fiz duas individuais no Shopping; duas na antiga Galeria Caminito (uma aqui e outra na inauguração na galeria de Uberaba); e em outros salões da cidade onde estive presente como expositora e como componente de júri.

Como você define seu estilo?
Regina- Romântica e contemporânea, é como considero minha arte. Sou contemplativa, e mesmo nos trabalhos temáticos, há sempre algo além do contexto que aquece minha alma. Em minha caminhada passei por fases que me redefiniram... Mas o artista tem que estar em eterna busca.


O que é a cor para você?
Regina- A cor é um dos elementos mais importantes da pintura. A cor está em tudo e em todos. Ela está dentro do artista, nas suas buscas e nas suas divagações. Gosto muito do comentário de Wassily Kandinsky em Do espiritual na arte: “É por isso que, em pintura, cada cor é bela interiormente, porque cada cor provoca uma vibração da alma e toda vibração enriquece a alma. Enfim, é por isso que pode tornar-se interiormente belo tudo o que exteriormente é “feio”. O que se diz a respeito da arte vale também para a vida.

E o movimento?
Regina- Vou evocar Van Gogh, meu pintor de alma. A movimentação dentro da obra desse gênio holandês é uma expressão do que todos os pintores perseguem. Na sua criação Noite Estrelada e A Igreja de Auvers é nítido o movimento que tanto me emociona, que tanto mobiliza a alma de quem olha.

O que é a arte segundo seu ponto de vista?
Regina di Franca- A Arte é fundamental, e é através dela que a vida torna-se mais amena e feliz.

Está de volta a seu atelier?
Regina- Precisei me ausentar por algum tempo de meu atelier, que fica na rua Osvaldo Jardim, próximo ao Senac. O espaço permaneceu por um tempo sem minha presença física, mas a pintura esteve sempre presente no meu imaginário sob a forma de esboços, aquarelas, carvão e até comecei a navegar em outros horizontes... o das palavras...

E a Gramophone?
Regina- Esta é outra paixão, o cinema. Tenho um acervo incrível. Minha amada Gramophone Vídeo Locadora logo estará em novo endereço, na amada Estação e na rua Joaquim Zeferino. Será um lugar diferente, para cinéfilos e também para exposições de pinturas, fotografias, esculturas e eventos ligados à arte.
 

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