Corrêa Neves Jr

Gazetilha: Antes assim

ada mal para uma equipe que, há menos de cinco anos, lutava era pela própria sobrevivência. Bola para frente. E para cesta.

09/06/2019 | Tempo de leitura: 3 min

Ainda não foi desta vez que o Sesi Franca Basquete, maior campeão brasileiro com 11 títulos na bagagem, colocou fim ao jejum de vinte anos sem a conquista de um título nacional. Diante de um ginásio Pedrocão lotado por quase 6 mil torcedores, o Franca Basquete caiu. Não foi uma derrota sem méritos do oponente. Em nenhum instante do jogo decisivo o Flamengo deixou de estar na frente do placar. Também não foi um jogo vexatório, que terminou com o Flamengo batendo Franca por 81 a 72. Foi um resultado justo pelo que as equipes apresentaram, apesar do amargor que representa reconhecer isso para quem torce para o basquete de Franca.

Não são poucas as possíveis explicações para a derrota. As provocações de Gustavinho, técnico do Flamengo, repetidas durante a semana, podem ter surtido efeito e desestabilizado os atletas de Franca, que durante toda a partida erraram, em alguns momentos, lances infantis. Talvez possa ser explicada pelo horrível primeiro quarto, quando o rival carioca abriu uma ampla e confortável vantagem de 14 pontos. Ou, então, quem sabe os mais de 10 erros nos chutes de três pontos tenham custado caro demais? Há quem possa apontar que a decisão do árbitro de interromper o jogo no terceiro quarto para consultar o instant replay, a versão do basquete para o VAR (árbitro de vídeo) do futebol, quando a diferença que havia chegado a 16 pontos estava reduzida a apenas 5 em favor do time carioca, tenha colocado uma pá de cal na luta de Franca. Há ainda quem acredite que os problemas de saúde ou contusões que afetaram parte do elenco tenham sido determinantes para minar a qualidade da equipe na final.

Uma explicação definitiva para as razões da derrota nunca será conhecida. Talvez, simplesmente, porque não exista. É quase certo que um conjunto de fatores, com maior ou menor peso, esteja por trás do insucesso deste ultimo sábado. O time começou muito mal, deixou o Flamengo abrir uma margem grande antes que esboçasse qualquer reação, apostou nos chutes de três e errou sem parar. Foi prejudicada pela parada forçada pelo árbitro. Cipolini, Hettsheimeir e Alexey estavam irreconhecíveis. Elinho errou 100% dos arremessos que fez. E por aí, vai...

Ainda assim, o balanço é bastante positivo. Perdemos, o que nunca é doce, mas numa final. Acabamos derrotados, é fato, mas apenas no quinto jogo, na partida decisiva de uma série empatada em 2 a 2. Sucumbimos, mas sem desonra.

Desde que quase acabou extinto, há quatro anos, e foi salvo por um grupo de pessoas lideradas pela empresária Luiz Helena Trajano, o Sesi Franca Basquete voltou a orgulhar a cidade e sua torcida. Venceu jogos incríveis, disputou títulos, conquistou campeonatos.

Neste sábado, não deu. Perder faz, literalmente, parte do jogo. Só não perde quem não disputa. E sob o comando do técnico Helio Rubens Garcia Filho, o Helinho, o Sesi Franca Basquete ontem lutou, com bravura, pelo título. Nada mal para uma equipe que, há menos de cinco anos, lutava era pela própria sobrevivência. Bola para frente. E para cesta. No segundo semestre tem mais.

Corrêa Neves Júnior, publisher do Comércio e vereador.
email - jrneves@comerciodafranca.com.br 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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