Modernezas

Na atualidade quem deseja, precisa, gosta de fazer contato com pessoas, cidades do nosso ou de outros países, basta simplesmente tocar

18/05/2018 | Tempo de leitura: 2 min

Na atualidade quem deseja, precisa, gosta de fazer contato com pessoas, cidades do nosso ou de outros países, basta simplesmente tocar o botão do computador. Fazer pesquisa sobre qualquer assunto é quase mágico, que há sites e sites que remetem de um a outro e, quando o pesquisador se dá conta, foi muito além do limite de sua necessidade. Incrível, há quem faça seu próprio diagnóstico de saúde, porque o Doutor Google ajuda na perscrutação de sintomas e sugere caminhos. É perigoso, mas há até quem dispense o profissional de jaleco porque já foi medicado, orientado, acalmado pelo outro, o do aparelho. Consulta gratuita e rápida. Viajar, com o auxílio da tecnologia é tarefa corriqueira. Há sites e sites para o interessado decidir o roteiro, resolver o meio de transporte, comprar e receber as passagens, marcar assento, reservar hotel, pagar e, se quiser, conversar com desconhecidos experientes que lhe sugerem passeios e dão opções para que a estadia seja inesquecível. As mães antigas trocavam experiências com outras mães nas questões que envolviam filhos. As mãezinhas modernas dispensam mães, avós e vizinhas e optam por sites nos quais outras mãezinhas orientam, aconselham, acalmam, advertem. Já houve quem fizesse projeto da decoração da nova residência e comprasse, pela internet, de móveis a plantas, passando por roupas de cama, mesa e banho. Veio tudo da China. Filmes, sapatos, roupas, como fazer maquiagem — na Internet tem de tudo.
 
Se as atividades humanas, quaisquer que sejam, se mostram facilitadas ao extremo, nunca se viu tanta gente carente, tantos povos desprotegidos, com necessidades que vão da água para beber a afeto sincero. Mesmo para minha geração, que esperou pela Terceira Guerra Mundial que acabaria com a raça humana, as imagens da Guerra na Síria, com crianças sujas e famintas despedaçam e comovem até coração empedernido. O ódio escorre das notícias quando o assunto é Estado Islâmico, mortes na Faixa de Gaza, ou agressões entre simpatizantes e não simpatizantes do Lula. Tem aversão, animosidade e intolerância para todo lado. Se tais sentimentos gerassem cheiro, o fedor seria insuportável.
 
Infrações graves são cometidas no nariz das autoridades e quase sempre ficam impunes. Quando não ficam, o infrator reclama do seu azar em ter sido pego, jamais lamenta que tenha desprezado a Lei. Trânsito. O uso das passarelas elevadas para o conforto e segurança do pedestre ao atravessar ruas e avenidas carece de ser explicado. Sequência freqüente: o motorista vê uma à sua frente, diminui a velocidade; o motorista do carro que vem logo atrás buzina e quem se preparava para cruzar a rua sai correndo, porque um motoqueiro surgido do nada, passa pela sua direita e quase o atropela... Profissionais das escolas tinham a tarefa precípua de ensinar coisas como ler, calcular, pensar, escrever e não eram tios. Na época seriam inimagináveis cenas como aluno bater no profissional, masturbar-se na frente dele, usar celular e fones de ouvido durante a aula. Esse mundo cheio de tecnologia e carente de afeto está uma coisa de doido.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

Fale com o GCN/Sampi! Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Receba as notícias mais relevantes de Franca e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.