Desejos

Maravilhosa sensação de que tudo mudará para melhor, quando os ponteiros juntos, ficarem perpendiculares com a Terra com as pontas voltadas para o infinito.

29/12/2017 | Tempo de leitura: 2 min

Maravilhosa sensação de que tudo mudará para melhor, quando os ponteiros juntos, ficarem perpendiculares com a Terra com as pontas voltadas para o infinito. Cremos, tal coincidência será o início de novos, grandes, felizes tempos na noite que marcará outra virada de ano. Científicamente, tudo se resume na necessidade de determinar o final de uma e o início de mais outra volta da Terra, em torno do Sol. A necessidade, porém, de romantização de fenômenos mesmo corriqueiros que o ser humano tem, e está longe de acabar, provoca certo estado de excitação que, convenhamos, dá tempero ao cotidiano. Neste espírito, a cor institucionalizada para a virada do ano foi o branco, até pouco tempo. Branco, da cabeça aos pés, por fora e por dentro. A moda determina agora que, por fora, branco com detalhes prata ou dourado mas, por baixo, adereços coloridos. Segundo ouvi, nas calcinhas, sutiãs e, surpresa, nas cuecas — o que demonstra que mais uma vez homens invadem territórios antes restritos às mulheres, até frivolidades, as cores deverão ser vermelho, amarelo, verde ou azul, para quem busca prioridades, respectivamente, na Paixão, Dinheiro, Saúde ou, ampla e irrestrita Paz. Por precaução, darei um jeito de usar todas, sob a fantasia de virgem. 
 
Na realidade, nada vai mudar se não houver empenho pessoal nosso. Em casa as relações conjugais continuarão tépidas, insípidas, inodoras e incolores se não houver esforço para nos reapaixonarmos pelos parceiros, todos os dias. Nem minha vida, nem a sua terão algum avanço, se não houver esforço para descobrir alguma fonte de gás revitalizante para fornecer energia extra. Onde? Bem, comecemos pelo esforço para realmente aceitar o outro como ele é. Também na reaprendizagem, e consequente reposicionamento pessoal na vida, de conceitos como Tolerância, Resiliência, Reverência, Coerência. Muita Paciência. Arrojo. Coragem. Modéstia. Gratidão. Simples assim. 
 
Esforços extras neste particular 2018, sugiro estejam voltados para o Brasil. Nunca imaginei, vi cabeças coroadas serem tratadas como se fossem de plebeus. Vi poderosos e ricos presos, alguns junto com ladrões de galinha. Independente de valores e do produto estorquido, roubo foi punido como roubo. Nunca imaginei ver isso. Vi Eduardo Cunha perder a pompa e a circunstância. Vi Maluf capengar, como não capengou sob o peso de tudo que roubou. Vi o povo se revoltar contra mentiras seculares. Falta muito. Falta punir exemplarmente Renan Calheiros, Sarney, Temer, Gilmar Mendes, Aécio Neves. Falta acabar com os guetos nordestinos comandados por coronéis; com a dancinha dos Marun; com a prepotência dos Lindbergh Farias; entregar os prêmios de Corrupto Imortal para os Garotinho, Josés Dirceus e Sérgios Cabrais. Falta campanha de esclarecimento para mostrar quem estas pessoas — e outras — realmente são para a população que vota. Falta grande cerimônia de coroação e entrega da coroa para o maior corrupto de todos os tempos, Lula Inácio da Silva. 
 
Lúcia Helena Maníglia Brigagão
Jornalista, escritora, professora
luciahelena@comerciodafranca.com.br

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