Abril

Estamos nos despedindo de Abril, o mês mais bonito do ano. Na minha casa, particularmente, mês de festas. Mamãe nasceu em abril,

28/04/2017 | Tempo de leitura: 2 min

Estamos nos despedindo de Abril, o mês mais bonito do ano. Na minha casa, particularmente, mês de festas. Mamãe nasceu em abril, minha irmã também. Idem minha única filha mulher aniversaria, para orgulho de minha avó espírita, que aliás também era do mês — o mesmo 2 de abril, de Chico Xavier. A primeira neta nasceu no final deste mês. D., querida, antiga e grande amiga, apareceu neste mundo no final de um abril, há alguns anos. J., amiga muito recente, também. Pedrinho, filho de Monteiro Lobato, tinha sua festa de anos em abril, e a turma do Sítio do Pica Pau Amarelo dizia que esse era o melhor mês do ano: “não é frio nem quente e não é mês das águas, nem de seca: tudo na conta certa!” Nada me tira da cabeça que Cabral escolheu chegar aqui em Abril para seu conforto, quando soube do nosso clima, estranhíssimo para ele. Aposto que Tiradentes, se pudesse, evitaria morrer, ainda mais em abril, tão bonito abril. 
 
Grandes, ilustres, expressivas, significativas e importantes pessoas que marcaram presença na vida humana, são de Abril. Uns, conhecidíssimos como a rainha Elizabeth da Inglaterra e Roberto Carlos; outros, nem tanto por suas figuras, mas por suas obras como Leonardo da Vinci, James Lord Pierpont, compositor e arranjador americano, que há quase três séculos participa anonimamente dos Natais do mundo todo, todos os anos, autor de Jingle Bells. Políticos, Getúlio Vargas, Jair Bolsonaro. Artistas, Charles Chaplin, Torresmo, Mazzaropi, Pixinguinha e Willie Nelson, o rei da música country americana. Christian Andersen e Manuel Bandeira faziam aniversário no mês, embora em locais e épocas diferentes. Gente famosa, Ana Maria Braga; gente linda, Mariana Ximenes e a recentemente premiada Emma Watson; gente do esporte, Ayrton Senna, Kaká e Maria Shaparova. Até gente que marcou tristemente a humanidade, que os outros nascidos no mês certamente gostariam de banir, como Adolf Hitler. Festejam-se feriados dedicados aos Índi
os, à Fundação de Brasília, Tiradentes e são homenageados o Beijo e os Jovens, ambos no 13. 
 
No final deste Abril, porém, aconteceu a maior frustração dos últimos tempos vivida por parte da população brasileira, que foi a notícia do adiamento do encontro de Moro com Lula. Prova de que nada é perfeito. Nem o Abril.
 
Lúcia Helena Maníglia Brigagão
Jornalista, escritora, professora
luciahelena@comerciodafranca.com.br

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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