Pets

A historiazinha está na memória há muito, muito tempo e serve para fazer entender sentimento que muitos respeitam, mas não compartilham.

31/03/2017 | Tempo de leitura: 2 min

A historiazinha está na memória há muito, muito tempo e serve para fazer entender sentimento que muitos respeitam, mas não compartilham. Perguntaram à garotinha se ela sabia o que era amor. Sim, disse. Amor é o sentimento que existe entre mim e meu cachorrinho. Quando estamos juntos, depois de nos divertirmos lá fora, eu me sento no sofá, ele vem e se senta perto de mim. Aí não trocamos uma palavra, mas eu fico lá gostando dele e ele gostando de mim. Como a menininha da história, há milhões de pessoas que experimentam por seus pequenos ou grandes animais de estimação o mesmo sentimento que é, de fato, amor em uma de suas formas, ou expressões. Há filmes sobre o assunto: Marley e eu; Sempre ao seu lado, Resgate abaixo de zero, os três baseados em fatos reais. Neles, os animais só faltam falar e os enredos relatam atos heróicos e amorosos atribuídos a sentimentos internos desses animais, tão emocionantes que eles acabam por parecer racionais. 
 
Há pessoas que dormem na mesma cama que seus cachorros. Há pessoas que beijam seus cachorros na boca. Há pessoas que chamam seus cachorros de filho ou filha. Há pessoas que acreditam que seus cachorros são tão, ou mais inteligentes que muita gente por aí. Não discuto, nem reprovo preferências ou opiniões. Mas há, igualmente, quem não tolera cachorros, evita contato com eles, não acha a mínima graça em tê-los subindo-lhes pelas pernas. Todos, independentemente das preferências, merecem ser respeitados. 
 
Há quem saia para passear com seus cachorros na rua a fim de que se exercitem ou se movimentem mais; há quem saia com eles para que façam xixi ou cocô nas calçadas, na porta da casa da gente, na grama do nosso jardim ou pior, em áreas públicas dedicadas ao esporte onde são comuns acidentes e derrapadas que corredores e caminhantes sofrem quando pisam nos dejetos que os animais produzem e são deixados para trás, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Difícil e raramente o dono do cachorro é visto recolher a sujeira e depositá-la no lixo. O comum é, ou ele ignorar, ou olhar para quem está assistindo, com aquela expressão o-que-é-que-eu-posso-fazer? O quê? Pegar um saquinho plástico, colocar a sujeira dentro e depositá-la num lugar onde quem passa inadvertidamente, não corre o risco de se sujar ou pior, ficar cheirando mal. Praças de esporte públicas não são exatamente locais para levar cachorro para passear, mesmo porque ele pode se enfurecer a qualquer momento e atacar quem o desagrade de alguma forma. 
 
Há pessoas que têm medo deles, há quem não goste deles, há quem não os suporte, nem por isso saem com chicote na mão para afugentá-los. Por que quem gosta deles não sai com saquinho plástico para recolher vestígios que porventura deixem por aí? 
 
Lúcia Helena Maníglia Brigagão
Jornalista, escritora, professora
luciahelena@comerciodafranca.com.br

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

Fale com o GCN/Sampi! Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Receba as notícias mais relevantes de Franca e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.