Esperança

O Planeta Terra se mostrou local intranquilo, perigoso e inseguro durante 2016, cuja retrospectiva a partir de março, contabiliza situações

06/01/2017 | Tempo de leitura: 2 min

O Planeta Terra se mostrou local intranquilo, perigoso e inseguro durante 2016, cuja retrospectiva a partir de  março,  contabiliza situações que causaram dor e sofrimento nas pessoas, em locais espalhados pelo globo. 
 
Tristes acontecimentos. Em abril, o massacre em Bruxelas; o abalo sísmico no Equador que provoca desabrigados, mortos e desaparecidos e, no Rio de Janeiro, a morte estúpida de dois ciclistas na queda de parte da ciclovia Tim Maia. Maio começa com o desaparecimento do Airbus A320 no mar Mediterrâneo; no Brasil, na rodovia Mogi-Bertioga, o tombamento de ônibus causado por falha mecânica e imperícia do motorista, resulta  na morte de 18 pessoas. Junho fecha com o maior atentado a tiros registrado na história recente dos Estados Unidos com a morte de 49 pessoas e mais de 50 feridos, numa casa noturna da Flórida. Em julho, durante os festejos da Queda da Bastilha em Nice, morrem 86  pessoas e mais de 400 ficam feridas, com o avanço de caminhão contra multidão desprotegida. Na Alemanha, maluco recém-saído das fraldas, ataca o Shopping Olympia e mata 9 pessoas, além de ferir 21 outras. No centro da  Itália, em agosto, terremoto de grande magnitude provoca a morte de mais de 280 pessoas.  Dois meses mais tarde, outro abalo, ainda mais forte, volta a atingir o país. Saldo horrível, sem contabilizar  as vítimas da fome e dos ataques e bombas nas guerras estúpidas espalhadas pelo mundo, que homens também estúpidos teimam em travar. Fecham o ano, a estupidez das mortes ocorridas na boate em Istambul que fizeram o mundo continuar chorando, ainda pasmo e traumatizado pela tragédia da Chapecoense. Há muito para ser lamentado.Não que 2016 tenha sido muito diferente dos anteriores. Todavia fez-nos pensar um bocado e dar nova dimensão a alguns sentimentos que foram atrozes. Solidariedade, mesmo sem conhecer qualquer vítima de qualquer dessas calamidades. Compaixão, ao compartilhar ou ter desejo de minorar o sofrimento, a tristeza e o desalento de tantos. Desespero, em comunhão com os familiares que perderam seus entes queridos.  Saudade, decorrente da impotência e do vazio que se imagina após as tragédias. Reverência, pelo respeito da dor alheia.
 
Embora ofuscados, alguns bons acontecimentos alentaram e chegam a nos dar alguma esperança, pelo que sugerem. As prisões de Cunha, Cabral, Garotinho e Palocci dão a entender que a Operação Lava Jato, a maior investigação sobre corrupção da história do Brasil, apenas começou. Os brasileiros esperam que continue. 
 
Lúcia Helena Maníglia Brigagão
Jornalista, escritora, professora
luciahelena@comerciodafranca.com.br

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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