Morreu Eduardo Carraro Rocha


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Eduardo Rocha foi sepultado dia 9, sexta-feira, no Cemitério da Saudade
Eduardo Rocha foi sepultado dia 9, sexta-feira, no Cemitério da Saudade
Morreu às 15 horas do dia 8 de dezembro, o advogado francano Eduardo Carraro Rocha. Tinha 38 anos. Portador de depressão severa, vinha em tratamento continuado. ’Infelizmente, meu irmão foi vencido. Fizemos, por ele, como família, o que pudemos, mas foi em vão’, disse Marcelo, diretor-executivo da Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca).
 
Era filho de Flávio Rocha Filho e Isalete Carraro Rocha, morta em 2003. Foram seus avós maternos o agropecuarista Alberto Carraro e Beatriz Carraro; paternos, Flávio Rocha, advogado e ex-prefeito de Franca, e Lina Picchioni Rocha, professora, patrona de escola francana.
 
Totalmente vocacionado à Ciência Jurídica, Eduardo formou-se advogado pela Faculdade de Direito de Franca. Especializou-se Direito Penal e tornou-se mestre pela Universidade de Franca, onde também atuou como professor. 
 
Ao início da carreira, integrou banca de advocacia com os também recém-formados Mansur Jorge Said Filho, filho do ex-delegado de Trânsito de Franca, Mansur Said; e Miguel Matos, filho do juiz aposentado e já falecido Carlos Alberto Matos, e que construiria, em anos seguintes, o portal ’Migalhas’, nacionalmente respeitado como depositário de notícias jurídicas. Miguel, em texto enviado a este Comércio, lamentou a morte de Eduardo. ’Genial Dudu. Em 1999, jovens imberbes, eu e o advogado Mansur Jorge Said Filho montamos modesta banca de advocacia. Meses depois de começarmos, surgiu, não sei como, o Eduardo Carraro Rocha. Não demorou e logo estávamos associados. E que período rico foi aquele. Dudu, bem mais novo que eu e o Mansur, dava-nos aulas de conhecimento. Raciocínio rápido, concatenado e exposto com aquela oratória de grande tribuno. Recordo-me dele falando sobre as coisas mais variadas, sempre com estilo marcante, inteligente, sagaz. Mas havia outro atributo que o diferenciava, coisa própria da genialidade, que era o humor refinado, com uma dose de picardia. Por tudo isso, os dias naquele pequeno escritório eram mágicos. Traçávamos nosso destino em oníricas lousas, e tão logo terminávamos o esboço já criávamos outro. As vicissitudes da vida separaram nossas carreiras, mas minha admiração por ele permaneceu inabalada. Peguei-me várias vezes, ao compulsar algum livro jurídico e encontrar conceito qualquer, a recordar de ter debatido tal ponto com o Dudu e ter saído derrotado pelos sucessivos argumentos que dele brotavam. Aliás, imagino-o agora, na tribuna etérea, com aquele gestual próprio dele, argumentando com S. Pedro. E não me espantaria se o porteiro do céu se desse por vencido. Se esse recurso derradeiro fosse concedido a ele, eu poderia, de viva voz, dizer o quanto ele é querido e admirado por seus amigos. No dia 8 de dezembro, Dia da Justiça, a deusa Thêmis, enlutada, perdeu um de seus grandes defensores’. 
 
Velório foi realizado no São Vicente de Paulo. Sepultamento, com serviços da Funerária Nova Franca, aconteceu no jazigo da família, no Cemitério da Saudade, às 13 horas do dia 10. 
 
Eduardo Rocha foi resultado dia 9, sexta-feira, no Cemitério da Saudade

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